Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids
GIV - Grupo de Incentivo à Vida
Elaboração: Elizabete Franco Cruz e Nair Brito

A coordenadora entrega para cada participante um cartão de cartolina e pede para que as mulheres coloquem no cartão um símbolo que as represente. O símbolo pode ser recortado das revistas, desenhado ou as duas coisas. Depois pede que cada participante diga seu nome, apresente seu símbolo, explique porque o escolheu e fale sobre sua expectativa a respeito das oficinas.
A seguir, a coordenadora (que também faz seu símbolo) apresenta-se e acrescenta explicações sobre :
trabalho da Rede Paulista de Mulheres do GIV;
o programa de oficinas (explicando o porquê das músicas);
a pesquisa que está sendo realizada junto com o trabalho da Rede;
consentimento informado para participar da pesquisa;
a necessidade das gravações.
A coordenação inicia perguntando como passaram o mês, entregando o crachá e pede para que as novas participantes se apresentem. Como introdução ao tema, conta a história infantil Mamãe botou um ovo, que aborda a reprodução de forma lúdica. Recorta-se e monta-se a boneca Gertrudes e seu companheiro, explicando o corpo por dentro e o processo de reprodução.
Pergunta-se quais os métodos contraceptivos que conhecem e depois mostra-se o funcionamento de diferentes métodos.
A coordenação apresenta a pelve acrílica, camisinhas feminina e masculina, para manipulação pelas participantes.
Conversa-se um pouco sobre a oficina passada e introduz-se a questão do corpo erótico X corpo reprodutivo. Ao som de música suave, o grupo prepara uma massa com farinha e pede-se que as participantes modelem e pintem o corpo erótico e o reprodutivo. No decorrer do processo pede-se que explorem as sensações, os cheiros, lembranças etc., trazidos pela massa.
Ao som de música suave (Enya), a coordenadora solicita que as mulheres (sentadas onde estão) respirem fundo e depois comecem a tocar o próprio corpo. Depois, pede que andem pela s ala de olhos fechados. Posteriormente, pede que parem e toquem, ainda de olhos fechados, a colega que estiver mais próxima.
Conversa-se um pouco sobre as sensações de tocar o próprio corpo, andar de olhos fechados, tocar o corpo da outra. Ainda com a música de fundo, a coordenação mostra um baú (pode ser uma caixa de papelão, algo que represente um baú) e diz: "este é o 'baú da sexualidade'".
Solicita que, através da argila, representem como se sentem em relação à sexualidade, o que é a sexualidade para cada uma..."
O que está trancado a sete chaves neste baú? Quais os segredos, dúvidas, medos, fantasias? Depois, cada mulher coloca o que produziu dentro do baú, explicando para o grupo o significado.
Discutir o amor no plano dos sentimentos mais amplos (amor universal, fraternal, romântico...) e algumas formas de amar, desde o toque, até as relações homo/bissexuais e práticas como sexo oral, anal etc.
Propiciar uma reflexão que conduza a mulher ao lugar de sujeito, contribuindo para a auto-estima, o exercício da sexualidade livre, o respeito a direitos individuais e a liberdade de escolha.
Introduzir a discussão sobre relações de gênero, mostrando determinantes históricos, culturais, sociais, relacionais, econômicos, na construção do feminino;
Discutir sexo X gênero;
Propiciar um espaço para refletir como as representações de gênero interferem nas vivências da mulher (por exemplo, "pegando o gancho" com a oficina anterior, no que se refere ao exercício da sexualidade e ao fato da mulher ocupar o lugar de quem escolhe, ser sujeito, ter desejo... ).
A coordenação solicita que as mulheres, em pequenos grupos, façam uma discussão sobre o cotidiano das mulheres com aids depois elaborem uma pequena peça de "teatro": Um dia na vida de uma mulher com aids. Disponibiliza roupas, objetos, maquiagem, bijuterias, sapatos etc. Depois, cada grupo faz a apresentação da sua "peça".
Continuar e aprofundar a discussão sobre os papéis de gênero, mostrando determinantes históricos, culturais, sociais, relacionais, econômicos na construção do feminino;
Discutir sexo X gênero;
Propiciar um espaço para a reflexão de como as representações de gênero interferem nas vivências da mulher.
A oficina inicia-se com uma música para dançar e relaxar. Depois, a coordenação solicita que, com argila, as mulheres respondam às perguntas: "O que é o feminino? O que é ser mulher?" Após a confecção das peças em argila, cada mulher apresenta seu trabalho e o grupo faz uma discussão.
Encerrar o processo das oficinas, valorizando o processo grupal como forma de fortalecimento das mulheres. Discutir questões da condição feminina face à aids (a partir da perspectiva das relações de gênero);
"Devolver" para elas o álbum de Clara, abordando as principais dificuldades e sentimentos da vida de uma mulher com aids e os caminhos possíveis de serem encontrados;
Avaliar o conjunto das oficinas.
A coordenadora entrega para cada mulher um cartão que tem um desenho (triângulo, quadrado, círculo, retângulo) e uma palavra (por exemplo, sexualidade, feminino, camisinha, gravidez, aids etc.).
A tarefa de cada mulher é encontrar no grupo uma outra participante que tenha o cartão com o mesmo desenho que o seu. Formam-se assim, quatro subgrupos e cada uma discute as palavras contidas no cartão, pensando o que aprendeu nas oficinas sobre aquele assunto.
Ao retornar para o "grupão", cada mulher apresenta uma frase com a palavra contida no seu cartão e o seu aprendizado nas oficinas (por exemplo, com a minha participação nas oficinas eu percebi que podia exercer minha sexualidade sem tantas culpas, ou aprendi que mesmo que eu transe com um parceiro soropositivo, tenho de usar camisinha.).

GIV - Grupo de Incentivo à Vida
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Profissionais que já trabalharam na rede

Renata Fonseca, Abigail Tatit, Gisele Poletto, Márcia Cristina Basílio,
Márcia Samia P. Fidelix, Luis Sisti, Adriano Barbosa de Oliveira,
Marco Aurélio Tavares Bastos, Dorival, José Fernando dos Santos Rebello.

Auxiliares de pesquisa

Elaine Teixeira, Juliana Velloso.

Colaboraram com a pesquisa

Adriana Evelyn, Alessandra Xavier Fadel, Alessandra S. Martins,
Andréia Ossune, Gilvane Casimiro da Silva, Helen Ramalho,
Maria Célia Vieira Silva, Maria Moura Felício, Margareth, Priscila Vechio,
Regina Célia de Souza, Ruth Fialho Dias Fusco, Silvia Marcus,
João Avanches, Wanessa Funaki.