O comunicado da morte de Timothy foi feito por uma rede social de Tim Hoeffgen, seu parceiro havia sete anos. Na publicação, Tim declarou que “o espírito de Timothy perdurará e o amor e apoio da família e amigos vão me ajudar a passar por esse momento difícil. Celebre a vida de Timothy e sempre tenha esperança”.
“O espírito de Timothy perdurará e o amor e apoio da família e amigos vão me ajudar a passar por esse momento difícil. Celebre a vida de Timothy e sempre tenha esperança.”
Nascido nos EUA, foi o primeiro caso de uma pessoa considerada curada do HIV. O diagnóstico negativo para o vírus se deu após um transplante de células-tronco que Timothy recebeu em 2007, em razão do diagnóstico de leucemia. A pessoa doadora tinha uma rara mutação genética que apresentava resistência natural ao vírus da AIDS. Na época, o médico Gero Huetter, especialista em câncer sanguíneo da Universidade de Berlim, recomendou o transplante como possibilidade de vencer a leucemia e tentar curá-lo do HIV.
O caso foi considerado sem precedentes na história de pesquisas científicas sobre HIV. A partir desse estudo e resultado de sucesso de Timothy, abriram-se oportunidades para pesquisas sobre uma possível cura do HIV, como o caso do ‘Paciente de Londres’, Adam Castillejo, considerado também curado, após um transplante em 2016.
Em abril de 2019, Timothy esteve no Brasil para um simpósio de AIDS e na abertura da exposição de arte contemporânea O.X.E.S. Na ocasião, o UNAIDS conversou com Timothy sobre a relação que tinha com a causa e seu papel como ativista pelo HIV. Além de falar sobre estigma, o ‘Paciente de Berlim’ destacou os obstáculos de sua vida e comentou sobre os diagnósticos de HIV, em 1995, e leucemia, em 2006.
Timothy Brown tinha 54 anos e recebia cuidados paliativos em função do estado terminal da leucemia, que voltou nos últimos cinco meses, de forma agressiva. O ‘Paciente de Berlim’ faleceu na Califórnia, Estados Unidos, e deixa seu parceiro, Tim Hoeffgen.