Capítulo
III
Grupo
Experimentando a existência
do eu no (des)encontro com a outra
Neste capítulo, apresentamos e tecemos considerações
sobre as oficinas e o relacionamento que tivemos com os grupos de
mulheres, dividindo-o em duas partes. Na primeira, fazemos a descrição
do processo de oficinas e, na segunda, uma reflexão sobre as oficinas
como estratégia de apoio, prevenção e emponderamento, para mulheres
soropositivas e soronegativas.
Nossa preocupação é descrever o processo e não falamos
somente daquilo que deu certo, mencionamos também os problemas e equívocos
no decorrer do percurso. Consideramos que esta transparência é algo
importante para o desenvolvimento de novos trabalhos. Por exemplo,
temos sido procuradas por muitas pessoas que desejam organizar grupos
de mulheres e quase todas ficam desanimadas e angustiadas com a rotatividade.
Nós também enfrentamos este problema, então, porque não discuti-lo?
Realizamos a pesquisa com um grupo de mulheres soropositivas
vinculadas ao GIV e outro grupo de mulheres soronegativas, pertencentes
ao Mutirão da Vila Mara, em São Miguel Paulista.
Antes de iniciarmos a pesquisa no Mutirão, tínhamos
passado por uma outra comunidade, a Casa de Ação Comunitária, Trabalho,
União e Solidariedade (CACTUS), em A.E Carvalho. Apesar de não termos
concluído o processo da pesquisa com este grupo de mulheres, também
aprendemos muito com a experiência nesta comunidade e por isto deixamos
um pequeno registro de nossa intervenção.