O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade
e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço
foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte,
de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido
ou estavam morrendo de aids.
O Visual Aids tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão
do HIV/aids, divulgar as necessidades dos que vivem com HIV/aids e angariar
fundos para promover a prestação de serviços e
pesquisas.
O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação
ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore,
do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava
os soldados americanos da Guerra do Golfo.
Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons,
na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991.
Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias
de entrega de outros prêmios e virou moda. Por causa de sua popularidade,
alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço
se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força,
seu significado. Entretanto, a imagem do laço continua sendo
um forte símbolo na luta contra a aids, reforçando a necessidade
de ações e pesquisas sobre a epidemia.
Hoje em dia, o espírito da solidariedade está se espalhando
e vem criando mais significados para o uso do laço.
Inspirado no laço vermelho, o laço rosa se tornou símbolo
da luta contra o câncer de mama. O amarelo é usado na conscientização
dos direitos humanos dos refugiados de guerra e nos movimentos de igualdade.
O verde é utilizado por ativistas do meio ambiente preocupados
com o emprego da madeira tropical para a construção de
sets na indústria cinematográfica. O lilás significa
a luta contra as vítimas da violência urbana; o azul promove
a conscientização dos direitos das vítimas de crimes
e, mais recentemente, o azul vem sendo adotado pela campanha contra
a censura na internet.
Além da versão oficial, existem quatro versões
sobre sua origem. Uma delas diz que os ativistas americanos passaram
a usar o laço com o "V" de Vitória invertido,
na esperança de que um dia, com o surgimento da cura, ele poderia
voltar para a posição correta. Outra versão tem
origem na Irlanda. Segundo ela, as mulheres dos marinheiros daquele
país colocavam laços vermelhos na frente das casas quando
os maridos morriam em combate.
Com todas essas variações, o mais importante é
perceber que todas essas causas são igualmente importantes para
a humanidade.