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ESFORÇOS NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

13/12/2004 - Agência Aids

Conselho Empresarial Nacional de Prevençao ao HIV/AIDS

O CEN-AIDS produz em grande quantidade materiais de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da Aids – o que reduz significativamente os custos de impressão – e os distribui gratuitamente para as empresas filiadas. De acordo com o presidente do Comitê Executivo, as companhias de pequeno e médio porte são as de acesso mais difícil. A fim de superar este problema, a partir do início de 2005 o material informativo sobre prevenção ficará disponível no site das entidade. “Em 2005 e 2006 vamos concentrar esforços para atender as pequenas e médias empresas. Geralmente, os empresários desse segmento só despertam para o problema da Aids quando ocorre um caso na própria companhia”, relata Moreira. “Além disso, eles têm mais dificuldade para implementar ações de prevenção porque não dispõem de uma estrutura montada para isto, como as empresas de grande porte.”

Moreira chama a atenção para os benefícios econômicos que as empresas têm ao prevenirem a ocorrência de Aids entre o corpo de funcionários. “Enquanto o custo da prevenção é de US$ 1 por pessoa, os gastos com tratamento são calculados em torno de US$ 36”, afirma. Ele também alerta para a importância da prevenção nas empresas, uma vez que 95% dos casos de Aids no mundo acontecem em pessoas que se encontram em idade laboral.

O combate à discriminação é uma das práticas adotadas pelas empresas que fazem parte do CEN-AIDS. No caso da Nestlé Brasil, a política adotada combate tanto a discriminação positiva quanto a negativa, ou seja, ao mesmo tempo que o vírus HIV não pode, por si só, levar à demissão de um funcionário, o fato de ser HIV+ também não assegura que o colaborador terá seu emprego garantido. Segundo o gerente de Relações Humanas da Nestlé Brasil, Dinerges Toniolo, a empresa encara a Aids como uma doença crônica e o funcionário que tiver a doença deve continuar trabalhando normalmente, enquanto tiver condições.

Na Natura, que também participa do CEN-AIDS, funcionários que queiram realizar o teste HIV no departamento médico da empresa devem fazer uma solicitação por escrito. Na Varig, os médicos e assistentes sociais fazem o acompanhamento da evolução do tratamento, se o funcionário o desejar. O sigilo sobre a doença é garantido. A Varig transporta gratuitamente do exterior os medicamentos que não estão disponíveis no Brasil. De acordo com informações divulgadas no site do CEN-AIDS, este serviço é extensivo a toda a população e não apenas aos funcionários da companhia aérea.

Já a Volkswagen do Brasil implantou, em 1996, o Programa Aids Care, uma proposta de assistência integrada com atendimento ambulatorial, que conta com uma equipe técnica especializada. O trabalho do Programa enfatiza a prevenção, o controle e a reabilitação do portador do HIV/AIDS. Segundo informações do site do CEN-AIDS, esta iniciativa conseguiu reduzir em 90% as internações hospitalares de funcionários da Volkswagen do Brasil portadores do HIV. Em conseqüência, os períodos de afastamento do trabalho diminuíram significativamente. Iniciativas como esta não se inserem no âmbito do CEN-AIDS, uma vez que as ações do Conselho estão restritas ao campo da prevenção. No entanto, fazem parte de uma política de responsabilidade social, que deveria servir de exemplo para a iniciativa privada.

Leia abaixo a relação das empresas que fazem parte do CEN-AIDS:

· Avon Cosméticos
· Almap BBDO
· Bradesco
· Confederação Nacional do Comércio
· CNT/SEST/SENAT
· Editora Abril
· Febrafarma
· Grupo Severiano Ribeiro
· MTV – Music Television
· Natura Cosméticos
· Nestlé Brasil
· Philips
· Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
· SESC – Serviço Social do Comércio
· Sesi – Serviço Social da Indústria
· Unibanco
· Unilever
· Varig/Fundação Ruben Berta
· Volkswagen do Brasil

Fonte: www.cenaids.com.br