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O DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS
03/12/2004 - Agência Aids
Manifestações em todo o país
O Dia Mundial de Luta contra a Aids, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 1° de dezembro, está sendo lembrado por manifestações em todo o mundo. No Brasil as principais reivindicações são a quebra das patentes dos medicamentos anti-retrovirais e mais atenção dos governos em relação aos programas de prevenção. Confira abaixo o que está acontecendo nas principais cidades do país.
Em São Paulo, o Fórum de ONG/AIDS de São Paulo promoveu uma manifestação no Viaduto do Chá, no centro da cidade. Foram estendidas faixas exigindo que o governo federal tome as medidas cabíveis para quebrar as patentes dos medicamentos anti-retrovirais. O ato reuniu cerca de 200 pessoas, que representavam 170 organizações não governamentais atuantes na área.
Em Belo Horizonte, a prefeitura e organizações não governamentais locais organizam uma festa em comemoração ao Dia Mundial, na Praça 7 de Setembro, centro da capital mineira. Contrário à realização de uma festa por ocasião desta data, o Grupo de Apoio à Prevenção à Aids de Minas Gerais, GAPA-MG, distribui um manifesto sobre carência e prevenção. O dia 1° de dezembro não é para comemorar e sim para mobilizar a sociedade, critica Roberto Chater, vice-presidente do GAPA de Minas Gerais. A manifestação organizada pelo grupo acontece na mesma praça.
Em São Luiz, no Maranhão, o Fórum de ONG/AIDS do Estado organizou um ato chamando a atenção para a carência de preservativos na cidade: o Ministério da Saúde não envia os insumos há quatro meses. Foram armadas barracas na Praça Deodoro, no centro da cidade, e distribuídos folhetos informativos. O Fórum marcou para hoje uma reunião com a secretária estadual de saúde, Lena Dualib, para a entrega da carta Cadê o melhor programa de Aids do mundo?. O documento reivindica mais atenção ao trabalho de prevenção.
Em Curitiba, o Sesc da Esquina promove um seminário sobre prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da Aids, com a participação da médica Cléa Elisa Lopes Ribeiro, infectologista do Hospital das Clínicas do Paraná. O Fórum de ONG/AIDS do Paraná promove um ato público na Boca Maldita, centro da capital.
Em Itajaí, Santa Catarina, acontece uma manifestação popular, com o apoio do setor público e privado. Organizada pelo Centro de Direitos Humanos de Itajaí, a manifestação faz um alerta para os números alarmantes da propagação da doença. Durante todo o dia, será distribuído material educativo em barracas espalhadas pela cidade. As escolas serão incentivadas a participar do trabalho de prevenção e os alunos serão convocados a escrever redações sobre o tema.
Em Brasília (DF), organizações da sociedade civil estão organizando um laço humano no gramado da torre de TV, um marco na capital federal. Os organizadores do movimento pretendem aproveitar a oportunidade para denunciar o descaso do secretário de Saúde do Distrito Federal, Arnaldo Bernardino, em relação à Aids.
Em Salvador, um grupo de rapel descerá o Elevador Lacerda, desenrolando um laço vermelho de 40 metros de comprimento e 8 de largura. O evento é promovido pelo Gapa da Bahia. Laços da solidariedade e folhetos informativos serão distribuídos para a população.
Em Goiânia, o Fórum Goiano de Luta contra Aids organiza um ato público para exigir que o governo quebre as patentes dos medicamentos anti-retrovirais. Em Belém, o Fórum Paraense de organizações não governamentais que atuam na área da Aids reúne todas as instituições filiadas e convidados no anfiteatro da Praça da República, no domingo, 5 de dezembro, entre 10 e 14 horas.
No Rio de Janeiro, o Fórum de ONG/AIDS, faz um ato público para denunciar a falta de leitos, exames e medicamentos nos hospitais e unidades de saúde do Estado.