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VACINA CONTRA HPV

01/11/2004 - BBCBrasil.Com

Reino Unido terá vacina contra HPV dentro de três anos

Grã-Bretanha deverá ter vacina contra câncer cervical

Vacina pode acabar com testes preventivos do câncer em mulheres
Uma vacina que imuniza mulheres contra o papilomavírus (HPV) pode estar disponível na Grã-Bretanha dentro de três anos, segundo pesquisadores do país.
A injeção seria dada às mulheres antes de iniciarem a sua vida sexual e poderia salvar milhares de vidas, já que o HPV é diretamente associado a cerca de 70% dos casos de câncer cervical.
O novo tratamento seria capaz de imunizar 100% das pessoas inoculadas.
Algumas variantes do HPV causam apenas verrugas genitais, mas outras levam ao câncer cervical.
De acordo com levantamentos feitos pelo Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na sigla em inglês), as variantes de alto risco do HPV são as 16, 18, 31 e 33, presentes em 100% dos casos de câncer cervical.
Esse tipo é o segundo maior causador de mortes por câncer no mundo.

Concorrência

Dois grandes laboratórios, o GlaxoSmithKline (GSK) e o Merck Sharp & Dohme, estão tentando conseguir a aprovação de suas vacinas contra o papilomavírus.
Ambas estão sendo testadas em milhares de mulheres em todo o mundo para comprovar a sua "eficácia e segurança".
A médica Anne Szarewski, da Cancer Research UK, está testando a vacina da GSK em Londres e afirmou que três inoculações ao longo de seis meses podem garantir a imunização por toda a vida.
"Sabemos que certos tipos do vírus HPV, que é sexualmente transmissível, são a causa principal de cerca de 99% dos casos de câncer cervical", disse Szarewski.
Para ela, a vacina é o estudo mais promissor a surgir na área do câncer cervical em muitos anos.
"Isso poderia praticamente eliminar o câncer cervical. E até acabar com a necessidade do teste preventivo de câncer", afirmou a médica.
No entanto, os especialistas ressaltam que ainda é cedo para comemorar a vitória, já que o tratamento continua em fase de testes.
O laboratório GSK só deve submeter a vacina Cervarix à aprovação da agência que regula o uso de medicamentos na Grã-Bretanha em 2006.