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MÉDICOS DESPREZAM OS EFEITOS DO COQUETEL

07/10/2004 - agenciaaids

O tratamento do hiv/aids e seus efeitos

Em referência a reportagem “Coquetel aumenta risco de infarto”, publicada nesta quarta-feira, 6, no jornal Folha de S.Paulo (ler na íntegra), representantes do movimento social de combate a Aids afirmam que há menosprezo, por parte dos médicos e serviços de saúde, sobre os efeitos colaterais causados pelos medicamentos anti-retrovirais.
No Fórum de ONG/AIDS do Estado de São Paulo, instituição composta por organizações não governamentais ligadas à causa da Aids, um grupo de trabalho (GT) atua especificamente na assistência prestada às pessoas vivendo com HIV/AIDS. Para o coordenador desse GT, Mário Scheffer, falta monitoramento sobre o tratamento das pessoas portadoras do HIV/AIDS. “Precisamos saber dados das pessoas, em terapia anti-retroviral, que sofrem da lipodistrofia e das doenças relacionadas ao coração.”
Ele afirma que as doenças cardiovasculares demoram para ser descobertas e prejudicam ainda mais a saúde dos soropositivos. “Nossa luta está voltada para pressionar as industrias farmacêuticas a reduzirem os efeitos colaterais, assim como para os profissionais em saúde não subestimarem os danos ocasionados pelos medicamentos.”
O primeiro secretário da ONG Hipupiara, de São Vicente, e também integrante do Fórum de ONG/AIDS de São Paulo, Beto Volpe, acredita que o desenvolvimento de atividades físicas ajuda a diminuir a incidência de doenças cardíacas. “Uma união entre setores da saúde e da educação pode incentivar a criação de academias nos serviços especializados.”
Na ONG que ele atua, um local voltado à prática esportiva vem ajudando as pessoas portadoras do HIV/AIDS. “Trabalhos de fortalecimento muscular e exercícios aeróbicos aumentam as taxas de colesterol bom e diminuem o colesterol ruim”, contou.