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BRASIL SERÁ SEDE DE CENTRO INTERNACIONAL

03/09/2004 - Agência Aids

A Cooperação Técnica com outros países

O ministro da Saúde, Humberto Costa, e o Diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), Peter Piot, anunciaram nesta quarta, 01, uma nova parceria entre o governo do Brasil e o UNAIDS, que prevê um Centro Internacional de Cooperação Técnica, a ser sediado no Brasil. Segundo Piot, “é absolutamente apropriado que o primeiro centro de cooperação seja estabelecido em parceria com o Brasil, que vem demonstrando liderança e criatividade sem precedentes na resposta à epidemia da Aids, particularmente com a forte parceria entre o governo e a sociedade civil”.
Piot se reuniu ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a resposta global à Aids. Para ele, após 20 anos de epidemia, a ligação entre Aids e pobreza está mais clara que nunca e o presidente Lula tem se mostrado um líder mundial em todos as frentes de batalha à epidemia. “Espero que a liderança de Lula encoraje outros líderes do Sul a avançar na resposta à epidemia”, afirmou Piot.
O Centro de Cooperação Técnica será inicialmente financiado pelo UNAIDS e pelo governo brasileiro. Estão previstos investimentos de US$ 500 mil por parte de cada um, totalizando o montante de US$ 1 milhão na fase inicial. Agências de cooperação como a GTZ, da Alemanha, e a USAID, dos Estados Unidos, também devem destinar mais recursos. Segundo Pedro Chequer, diretor do Programa Nacional de DST/AIDS, o centro não será uma estrutura física. “Não construiremos um prédio, uma sede. A idéia é formar uma rede de cooperação na qual o Brasil e outras nações possam trocar experiências no enfrentamento da epidemia”, esclareceu.
Para o ministro da Saúde, esta será uma experiência pioneira. “É uma iniciativa inovadora principalmente pelo fato de ser um sistema de cooperação multilateral. O Brasil tem vários acordos de cooperação bilaterais, ou seja, entre dois países. Agora teremos um acordo de cooperação multilateral mediado pelo UNAIDS, o organismo responsável pela resposta mundial à epidemia da Aids. Isso nos dará capacidade de estabelecer relações muito mais amplas do que as que tínhamos até agora. Poderemos atender a muito mais países do que atendíamos até hoje. O mais importante é que contamos agora com o reconhecimento das Nações Unidas”, comemorou.