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Saúde adota Tenofovir no tratamento
06/06/2003 - Ministério da Saúde
Inclusão do medicamento no coquetel ocorrerá no segundo semestre.
O Ministério da Saúde vai incluir, a partir do segundo semestre, uma nova droga no tratamento da aids no Brasil. Trata-se do Tenofovir (inibidor de transcriptase reversa nucleotídio) indicado para pacientes que apresentam rejeição aos medicamentos nucleosídios do coquetel. A droga já vem sendo oferecida a cerca de 300 pessoas, por aquisição direta das Secretarias Estaduais de Saúde, e não entrou no consenso terapêutico deste ano por falta de registro na Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A antecipação da adoção da nova droga, cujo registro já está em fase bastante adiantada, pôde ser feita graças a uma redução de 33,35% no preço do medicamento, obtida nesta segunda-feira (2/6/03) após inúmeras negociações entre o Ministério da Saúde e a empresa United/Medical, que representa o laboratório fabricante no Brasil, o canadense Gilead. O preço de fábrica do Tenofovir é US$ 13,60 a unidade, mas o Ministério conseguiu o menor preço de revenda em todo o mundo: US$ 9,04 o tratamento dia. O Tenofovir será utilizado em pacientes com falha terapêutica.
Pelo acordo fechado no dia dois de junho, a United/Medical se comprometeu a antecipar, nos próximos 15 dias, o quantitativo da droga que será necessário ao tratamento dos pacientes que estão necessitando do medicamento de forma imediata. Pelo contrato que será assinado entre as partes, o Ministério da Saúde vai comprar 6 mil frascos do remédio, com 30 cápsulas cada. A estimativa do Ministério é que até o final do ano 1.600 pessoas passem a utilizar o medicamento.
Para uma indicação mais adequada do Tenofovir o médico deverá solicitar o teste de genotipagem, que indica o se o paciente não apresenta resistência ao medicamento. A Rede Nacional de Genotipagem possui 14 laboratórios no país e o teste é inteiramente gratuito. O Tenofovir é o 15º remédio da lista de anti-retrovirais disponibilizados no Brasil. Sua introdução na terapia oferecida aos portadores do HIV vai representar um gasto a mais de R$ 4,88 milhões ao Ministério da Saúde, ou U$ 1,63 milhões de dólares.
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Assessoria de Imprensa da CN-DST/Aids
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