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AGULHAS DESCARTÁVEIS NA ACUPUNTURA
09/08/2004 - EFE
Xangai estuda lei que exige agulhas descartáveis para acupuntura
Todos os hospitais de medicina tradicional chinesa de Xangai deverão utilizar agulhas descartáveis para os tratamentos por acupuntura antes do final do ano, caso seja aprovada uma lei atualmente em preparação.
O Escritório de Saúde de Xangai está definindo os detalhes de uma
nova norma que obrigará os hospitais públicos e particulares a mudar
seu tradicional método de utilizar as agulhas várias vezes,
desinfetando-as após cada paciente.
"A maioria dos hospitais utilizam as agulhas repetidamente e, às vezes, não seguem os estritos procedimentos de esterilização", declarou Ji Weiping, diretor do departamento de medicina tradicional do Escritório de Saúde de Xangai.
Em Pequim, no entanto, o Escritório de Medicina Tradicional reconheceu à EFE que não existe uma lei que obrigue os hospitais a oferecer agulhas descartáveis para a acupuntura, mas afirmou que todo o material é desinfetado após ser utilizado. A situação "varia segundo o hospital", disse um especialista ocidental que estuda medicina tradicional chinesa em Pequim. O estudante disse que grande parte dos estabelecimentos de alto nível já utiliza agulhas descartáveis porque os pacientes pedem, embora a filosofia tradicional chinesa não as considere necessárias.
Por enquanto, parece que a nova lei será pioneira em Xangai, já
que as autoridades de Pequim não puderam confirmar nenhum plano para
introduzir uma norma similar na capital.
O único aspecto pendente ainda é o custo desta medida e quem deverá pagá-lo, afirma o jornal "China Daily", segundo o qual cada sessão de acupuntura requer 15 agulhas.