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FATOS E NÚMEROS DA EPIDEMIA
21/07/2004 - www.hiv.org.br
XV Conferência Internacional de AIDS
A 15ª. versão da Conferência Internacional de AIDS aconteceu recentemente na cidade de Bangkok (Tailândia) e reuniu mais de 15.000 pessoas de 160 países. Foi a primeira vez que esse evento, considerado o mais importante no mundo sobre o tema, foi realizado no Sudeste Asiático.
De acordo com a agência das Nações Unidas que coordena as atividades e combate a epidemia (UNAIDS), mais de 1/3 de todas as pessoas vivendo com HIV/AIDS têm menos de 25 anos de idade. Estima-se que 62% das pessoas HIV+ entre 15 a 24 anos vivem na África Sub-Saariana, 18% no Sudeste Asiático & Ásia Central, 6% no Leste Europeu e 6% na América Latina & Caribe.
O número estimado de órfãos provocados pela AIDS aumentou nos últimos dois anos de 11,5 milhões para 15 milhões, sendo que aproximadamente 12,3 milhões vivem na África Sub-Saariana.
Em Botswana, a taxa atual de infecção pelo HIV em adultos é de 38%, considerada a mais alto do mundo
Mais de 90% das pessoas HIV+ não sabem que são portadoras do vírus, o que dificulta a prevenção da doença. Somente uma em cada cinco pessoas em risco tem acesso a prevenção contra o HIV.Em termos globais, estima-se que 5 a 6 milhões de pessoas portadoras do vírus e que vivem em países em desenvolvimento necessitam de tratamento imediato, mas somente 7% (440.000) estão em uso de anti-retrovirais .
Em Dezembro de 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNAIDS anunciaram uma iniciativa internacional chamada "3 by5", com a meta de tratar 3 milhões de pessoas vivendo com HIV/AIDS até o final de 2005. Isso significa que pelo menos 5.000 pacientes precisam de iniciar o tratamento a cada dia. Além disso, especialistas afirmam que pelo menos 500.000 pessoas devem ser testadas diariamente, até o final desse período, para se alcançar essa meta.
A Índia tem somente um médico treinado no manejo de drogas anti-retrovirais para cada 10.000 pacientes vivendo com HIV/AIDS, ou seja aproximadamente 500 médicos. Desse total, estima-se que somente ¼ foram devidamente capacitados no manejo de todos os aspectos do tratamento em HIV/AIDS.
Na China, estima-se que menos de 200 médicos estão atualmente disponíveis para tratar cerca de 840.000 pessoas vivendo com HIV/AIDS no país. Desse total de pacientes, cerca de 70-80% são usuários de drogas injetáveis.
Um recente relatório disponibilizado na Conferência Internacional de AIDS em Bangkok informou que existem atualmente pelo menos 27 produtores locais de anti-retrovirais genéricos na Ásia (distribuídos em 8 países), quatro na América Latina e apenas um na África.
Segundo estimativas da UNAIDS, 1,7 milhão de pessoas HIV+ necessitam de tratamento na Ásia, mas menos de 100.000 atualmente tem acesso aos medicamentos.
Segundo relatório de uma ONG asiática especializada em treinamento e capacitação em HIV/AIDS (TREAT Asia), a proporção de médicos disponíveis e capacitados para tratar pacientes vivendo com HIV/AIDS nessa região varia de um médico para cada 24 pacientes no Japão até um médico para cada 11.250 pacientes no Vietnã.
Uma pesquisa conduzida por uma ONG na Alemanha mostrou que de um total de 160 países avaliados, 104 exigem teste anti-HIV para fins de concessão de visto permanente de moradia ou de trabalho.