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TESTE RÃPIDO NO PARTO REDUZ CONTAMINAÃÃO

20/07/2004 - Agência Aids

Evitando a transmissão vertical de mãe para filho

Um estudo norte-americano mostra a possibilidade de utilização do teste rápido de Aids em mulheres que estão em trabalho de parto – um procedimento que pode reduzir a infecção de recém-nascidos, sobretudo nos casos em que as mães não tiveram acesso a exames pré-natais. De acordo com Mardge Cohen, autora do estudo e especialista em Aids do hospital John H. Stroger Jr., em Chicago, o teste durante o parto pode parecer cruel – principalmente se o resultado for positivo –, mas permite aos médicos iniciar mais cedo o tratamento preventivo. "É um momento difícil e muito especial. Mas o que importa é ter oportunidade de fazer alguma coisa", disse Cohen, cujo trabalho foi publicado no periódico científico Journal of the American Medical Association.
Estima-se que 700 mil crianças tenham contraído o vírus da Aids no último ano, a maioria na África e por transmissão vertical – de mãe para filho, sobretudo durante o parto e a amamentação. O problema é ainda mais grave no sul do Continente Africano, onde uma em cada cinco mulheres grávidas tem o HIV, mas a maior parte nem ao menos pôde consultar um médico antes de dar à luz. A chance de um recém-nascido de uma mãe soropositiva se contaminar pelo HIV é de 25%.
Entretanto, com o tratamento correto antes do parto, este número cai para menos de 2%. De acordo com a pesquisadora, em seu estudo com o teste rápido durante o trabalho de parto, apenas três bebês, das 34 mães que tiveram diagnóstico positivo, foram contaminados. Os pesquisadores realizaram o teste rápido em 4.849 mulheres em trabalho de parto em 16 hospitais norte-americanos.

Fonte: Jornal de Brasília