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O ACESSO AOS MEDICAMENTOS

17/07/2004 - UOL / EFE

Remédios anti-Aids ficam baratos nas países em desenvolvimento

Algumas das companhias farmacêuticas que desenvolvem tratamentos antirretrovirais para controlar os efeitos do HIV acertaram hoje, sexta-feira, na Conferência de Aids de Bangcoc, unir-se à política de ajuda para os países menos desenvolvidos através de uma redução dos preços dos remédios.
O laboratório Gilead anunciou em Bangcoc a redução de seu último
remédio, um antirretroviral de nova geração que permite ser tomado
uma só vez ao dia, em 37 por cento de seu preço inicial nos
programas de ajuda.
O novo preço deste antirretroviral torna-se assim acessível para
toda a África e para 15 dos países de outras zonas do mundo
classificados pelas Nações Unidas como "menos desenvolvidos".
O programa permite, segundo fontes do Gilead, cuidar da população
destes países, que precisa de tratamento para o HIV-Aids por um
preço de 0,82 dólar ao dia.
Este laboratório colabora ainda com outras duas companhias
(Bristol-Meyer Squibb e Merck) para o desenvolvimento de uma
combinação em doses fixas e únicas diárias de três remédios contra o
Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV), que poderia ser a primeira
associação deste tipo para aumentar as opções de tratamento nos
países em vias de desenvolvimento.
As três companhias estão de acordo sobre a importância de
satisfazer a demanda de tratamentos simplificados, sobretudo nos
países onde há mais dificuldades de acesso aos serviços sanitários e
onde os recursos são limitados.
Anunciou-se também que está em estudo uma versão de um pacote
conjunto, que incluiria os produtos das três companhias como um
passo intermediário, até que o produto combinado em dose fixa esteja
disponível.