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POLÍTICA NORTE-AMERICANA PARA AIDS

26/06/2004 - Agência Aids

Sul africanos fazem manifestação contra

A agência de notícias internacional Associated Press informou que centenas de manifestantes em Johannesburgo, África do Sul, marcharam nesta quinta-feira, 24, em protesto contra as políticas norte-americanas na área da Aids. Os manifestantes acusaram o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de minimizar os esforços para o tratamento e prevenção da doença.
Os participantes do protesto, que vestiam camisetas brancas e vermelhas com a frase “HIV Positivo”, disseram que Bush minimizou a luta global contra a doença ao limitar o acesso aos preservativos, aos remédios genéricos anti-retrovirais e às opções de reprodução.
“Nós promovemos escolhas, não somos ditadores como George Bush. Sua política está matando pessoas e piorando o problema”, disse Mark Heywood, da Campanha de Ação de Tratamento, um grupo ativista de Aids na África do Sul.
Na Cidade do Cabo, o assessor do Consulado dos Estados Unidos, Louis Mazel, falou para 350 manifestantes que estão sendo beneficiados pelos Estados Unidos, por meio do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, das Nações Unidas e das ajudas bilaterais. “Os Estados Unidos são o país que mais contribui mundialmente no combate ao HIV e à Aids através dessas duas maneiras”, disse o assessor.
Os funcionários do Consulado de Johannesburgo não quiseram encontrar os manifestantes, mas propuseram uma reunião com dois representantes. A proposta foi rejeitada.
O ativista Heywood leu o memorando do grupo e deu uma cópia para o consulado. “O governo norte-americano, com a guerra ilegítima no Iraque, desviou a atenção internacional e os recursos para a saúde e para a erradicação da pobreza global”, disse Heywood.
No memorando, os ativistas de Aids pediram que Bush reduza os gastos militares e levante mais recursos para a luta contra a Aids, malária, tuberculose, subnutrição e pobreza – que eles definem como o maior perigo para a segurança humana atualmente.
Em 2003, Bush anunciou que os Estados Unidos destinariam US$15 bilhões para o Programa Global contra a Aids.