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LIBERAÇÃO DE PATENTE
03/06/2004 - Agência Aids
China tenta liberação para medicamentos anti-aids
O governo chinês negocia a fabricação sob licença do Lamivudine, um componente do coquetel de fármacos anti-aids que evita os efeitos secundários dos demais, já produzidos nacionalmente, e com o qual tenta combater a epidemia que afeta pelo menos 840.000 pessoas. Há dois anos, as autoridades chinesas deram sinal verde para a fabricação do chamado coquetel contra o Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV) mas no qual até agora não incluem essa substância porque está patenteada e é necessário obter uma licença.
Sob as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), a patente pode ser conseguida e os especialistas que tratam os doentes de aids na China pediram hoje ao Governo que impulsione a negociação.
"O Lamivudine é essencial no tratamento pois sem esse componente é muito difícil conseguir que os infectados pelo HIV o tomem devido aos efeitos colaterais", declarou à cadeia de televisão nacional Zhang Ke, doutor do Beijing Youan Hospital.
Segundo Cao Wenzhuang, diretor da Administração Estatal de Alimentos e Drogas, "a produção doméstica é inevitável e a aceleraremos uma vez que o governo a aprove".
Enquanto isso, as autoridades sanitárias chinesas tentam também combater a doença com outros remédios naturais como ervas que parecem ter menos efeitos colaterais que o atual coquetel de fármacos anti-aids nacional.
Os camponeses de Henan, principais infectados na China pela aids devido à venda ilegal de sangue, são atualmente os principais beneficiários dos projetos experimentais das autoridades chinesas para tentar melhorar sua saúde.
Fonte: EFE