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O BRASIL NA ÃFRICA

28/04/2004 - Releases da CN-DST/AIDS

Brasil vai tratar portadores do HIV em Burkina Fasso

O Programa Nacional de DST/Aids enviou à capital de Burkina Fasso, Ouagadougou, na última segunda-feira, 26 de abril, uma técnica encarregada de definir a estratégia de tratamento que o governo brasileiro vai oferecer ao país africano. O acordo com Burkina Fasso foi assinado em setembro do ano passado, durante a visita do presidente Blaise Campaore ao Brasil. Ele é o nono projeto do Programa de Cooperação Internacional (PCI) para tratamento da aids que o Ministério da Saúde acorda com países da África, América Latina e Caribe.
Cada projeto garante o tratamento de 100 pessoas em cada país. A Association African Solidarité - ONG burkinense beneficiada pelo PCI - quer dobrar os atendimentos no Centro Oásis, uma instituição que apóia mais de mil portadores do HIV oferecendo assistência psicológica, tratamento, exames de diagnóstico e contagem de carga viral, reforço alimentar e programas de adesão aos medicamentos, entre outras atividades.
O acordo com o Brasil prevê a capacitação de profissionais de saúde para prestar assistência aos portadores do HIV. A técnica brasileira que está em Burkina Fasso vai detalhar o projeto de capacitação de profissionais de saúde da AFS e estabelecer o prazo para iniciar as remessas de medicamentos para o Centro Oásis.
O governo brasileiro pode enviar remédios para pelo menos 100 pessoas e pode oferecer capacitação, também, a profissionais de saúde do governo de Burkina Fasso, caso haja interesse. O Projeto de Cooperação Internacional é uma contribuição do Brasil para a ampliação do acesso a medicamentos anti-retrovirais em países da África, América Latina e Caribe, bem como uma colaboração do governo brasileiro para a meta de ampliação do acesso a anti-retrovirais para aids da Organização Mundial de Saúde, que quer alcançar, até 2005, pelo menos 3 milhões de pessoas em tratamento em todo o mundo.
Atualmente, menos de 1 milhão de pessoas têm acesso ao tratamento. Na África, poucos são os países que têm uma política pública de distribuição de anti-retrovirais. As poucas pessoas que recebem medicamentos são amparadas por instituições internacionais. Em Burkina Fasso, a prevalência do HIV é de 6% da população – aproximadamente 650 mil pessoas, um número maior que o Brasil, onde a estimativa é de 600 mil pessoas infectadas.