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PESQUISAS DA FIOCRUZ

17/04/2004 - Revista Farmaguinhos

Pesquisas avaliam evolução da doença no Brasil

A Fiocruz, em conjunto com o Imperial College, da Inglaterra, vem analisando a tendência da epidemia de Aids no Brasil. Em 2003 desenha-se um cenário mais eqüitativo no tratamento da doença, como explica Francisco Inácio Bastos, do Centro de Informação Científica e Tecnológica (Cict) da Fiocruz e responsável pelo estudo. "A despeito das diferenças sociais e regionais, o acesso ao tratamento vem se ampliando. Não há mais expressiva disparidade entre sobrevida de pacientes do Sudeste e Nordeste, por exemplo".
Bastos é também um dos coordenadores de uma pesquisa da Fundação, em parceria com a Organização Mundial de Saúde e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), sobre infecção por HIV em usuários de drogas injetáveis. De nível mundial, no Brasil foi concluída em 2001, apontando redução de 70% na taxa de infecção. O pesquisador afirma que, ao contrário do que se previa, essas pessoas vêm mantendo comportamento de menor risco e buscando tratamento.
Nessa mesma linha, um estudo envolvendo a Fiocruz, Universidade da Pensilvânia e o Centra-Rio, centro de apoio a usuário de drogas no Rio, analisa respostas de um questionário multimídia preenchido por pacientes do centro. O computador mostra-se uma eficiente interface com essa população, inclusive para respostas a questões delicadas em torno da Aids, como sexualidade.
Acompanhando a evolução da doença há 13 anos, Bastos destaca que as conquistas não podem levar ao descuido, pois a taxa de infecção por HIV ainda é grande e o tratamento, complexo.