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TRATAMENTO DA AIDS NA CHINA

16/04/2004 - Agência Aids

China promete tratamento gratuito para portadores do HIV/AIDS

As autoridades de Saúde da China começaram nesta quarta-feira (14/04), a oferecer exames de Aids e tratamento gratuitos a quem não pode pagar, informou uma nota oficial.
O anúncio, lançado conjuntamente pelos Ministérios da Saúde e das Finanças, destaca que o programa será aplicado a toda a população rural e também a habitantes urbanos de baixa renda, mas todos eles terão que se registrar como doentes e informar sobre sua renda.
A China começou a testar o programa de ajuda gratuita em julho de 2003 em 51 áreas pobres do país, muitas delas na província de Henan, a mais atingida pela doença, onde 6.000 pacientes se beneficiaram do plano.
O Ministério da Saúde publicou, além disso, a lista dos remédios que serão distribuídos de graça aos beneficiários do programa.
Segundo cifras oficiais, na China há 840.000 portadores do HIV, vírus causador da Aids, que poderão se multiplicar por dez se as devidas medidas não forem tomadas.
A China argumenta que essas medidas são dificultadas pela impossibilidade de se saber, por enquanto, o número exato de aidéticos no país.
Segundo as autoridades chinesas, só 10 por cento dos doentes estão registrados e completamente identificados, e o fato de que 70 por cento dos atingidos vivam em áreas rurais, com poucas ou nulas instalações sanitárias, dificulta as medidas de controle da doença.
O Ministério da Saúde pretende solucionar isto com a oferta de exames e o aumento do número de laboratórios nos quais estes tipos de testes podem ser realizados (em Pequim, por exemplo, se passou de quatro a 22 clínicas autorizadas).
A China, que registrou o primeiro caso de Aids em 1985, escondeu a incidência da doença até os anos 90, quando admitiu que milhares de camponeses tinham sido infectados ao vender seu sangue a laboratórios ilegais.
A OMS advertiu à China que a falta de medidas pode colocar o país na mesma grave situação de outras nações africanas.
Entre as medidas estão também a autorização para produzir remédios genéricos contra a Aids e campanhas de conscientização nos meios de comunicação.