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REMÃDIOS CONTRA A AIDS MAIS BARATOS

08/04/2004 - AFP

Acordo multilateral prevê distribuição de remédios

O Banco Mundial, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o Global Fund e a Fundação Clinton anunciaram nesta terça-feira um acordo para distribuir remédios contra a Aids a preços baixos em países em vias de desenvolvimento.
Este acordo permitiria o acesso a "tratamentos de alta qualidade a preços mais baixos disponíveis, em vários casos por menos da metade dos que estão em vigor", informaram as organizações num comunicado conjunto.
Os preços dos anti-retrovirais foram negociados pela fundação criada pelo ex-presidente americano com cinco fabricantes de remédios genéricos (as companhias indianas Ranbaxy, Hetero Drugs, Cipla e Matrix e a sul-africana Pharmacare Holdings). Os preços reduzidos já estão em vigor em 16 países do Caribe e da África.
Os preços dos exames também serão reduzidos por outras cinco empresas (Bayer, bioMérieux, Roche, Beckham Coulter e BD).
Este esforço "ajudará rapidamente centenas de milhares de pessoas, eventualmente milhões, a viver melhor e por mais tempo", disse Clinton no comunicado.
"Esta iniciativa ajudará os mais necessitados, os mais pobres, a receber os tratamentos adequados", disse o presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn.
As drogas anti-retrovirais fazem parte dos medicamentos indispensáveis para o controle do vírus e atualmente são acessíveis para menos de 200 mil pessoas que sofrem de Aids no mundo, sem contar o Brasil, onde está autorizada a fabricação de remédios genéricos.
Segundo o comunicado, graças aos acordos anunciados nesta terça-feira, o preço do tratamento básico deverá cair para 140 dólares por pessoa ao ano.