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HIV E O FÍGADO

19/03/2004 - www.agenciaaids.com.br

Fígado de paciente com HIV é mais vulnerável

O uso do coquetel anti-retroviral foi um grande passo na luta contra a Aids, apesar dos efeitos colaterais. Muitas vezes essas drogas causam resultados danosos para o organismo do soropositivo e um dos órgãos mais atingidos é o Fígado.
Como muitas pessoas soropositivas chegam a ingerir mais de 20 comprimidos por dia, é necessário um cuidado especial com esses pacientes tratados com os fortes medicamentos anti-Aids.
“Após dois ou três meses que o esquema anti-retroviral é introduzido, podemos ver a elevação das enzimas hepáticas”, afirmou Dr. Mário Guimarães Pessoa, Hepatologista e pesquisador do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Segundo o especialista, que é palestrante do Congresso Internacional de Estudos do Fígado (Salvador-BA), “temos que sempre pensar em quanto a saúde do paciente está instável ao ingerir o coquetel contra o HIV e com isso medir o risco e os benefícios do tratamento, para checar se é necessário trocar de medicamentos ou interromper por algum tempo a terapia”.
Entre as drogas que integram o coquetel anti-retroviral, Dr. Mário Pessoa destaca o ritonavir como a mais prejudicial para o fígado.