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A SEMPRE NECESSÁRIA CAMISINHA

02/03/2004 - O DIA (RJ)

Cuidados básicos na compra do preservativo

Vale conferir se há identificação do fabricante e informações sobre o lote e o prazo de validade. É preciso ter selo do Inmetro
O consumidor não pode esquecer cuidados básicos, que devem ser tomados na compra de qualquer produto, quando for levar para casa um preservativo adquirido nas farmácias. Está provado que a camisinha é segura, mas não custa nada verificar informações básicas, como a data de validade, por exemplo.
De acordo com o Procon-SP, na hora da compra, o interessado deve verificar se a mercadoria tem a identificação completa do fabricante ou do importador. As informações sobre o número do lote e a validade também precisam estar claras. "É importante ainda que o consumidor verifique se a embalagem do preservativo traz o símbolo de certificação do Inmetro, que tem a finalidade de comprovar a qualidade do produto", explica Hilma Araújo dos Santos, técnica de Defesa do Consumidor do Procon-SP.
Em dois dias de operações, fiscais do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio (Ipem/RJ) percorreram farmácias e sex shops da cidade, de Niterói e da Baixada Fluminense para verificar se os preservativos seguiam as normas exigidas para a comercialização. Entre os dias 12 e 13, foram fiscalizados 126 estabelecimentos e 28.936 preservativos, sendo que 295 foram apreendidos por não apresentar a marca do Inmetro impressa na embalagem. Segundo Dionísio Lins, presidente do Ipem/RJ, o objetivo era retirar do mercado todas as camisinhas sem certificação. Os consumidores que tiverem dúvidas em relação ao produto devem ligar para 2597-3212, ramal 2110, para comunicar o endereço do estabelecimento. "Enviaremos uma equipe para apurar a denúncia", garante Lins.
E, se o preservativo foi distribuído gratuitamente em campanhas, é preciso conhecer o nome da instituição responsável. "O cuidado é necessário para que se saiba a procedência do material, em caso de problemas na utilização", afirma Hilma.
Outra dica é não comprar preservativos em pontos de venda que não ofereçam condições para a conservação, como camelôs. Por ser fabricado em látex de borracha, o calor e a umidade podem deformar a camisinha. Mas se o cliente tomar todos esses cuidados e, mesmo assim, o preservativo romper, poderá reclamar nos órgãos de defesa do consumidor. A nota ou cupom do ponto de venda assegura o direito de reclamação.
O gerente de drogaria Flávio da Silva Rosa, 31 anos, explica que trabalha com as marcas mais conhecidas, com qualidade comprovada. "Os clientes já estão mais atentos, mas muitos nos procuram para tirar dúvidas".

Teste revela que camisinha é eficaz

A qualidade dos preservativos já foi testada por órgãos de defesa do consumidor. Há um ano, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) comparou as camisinhas vendidas no mercado e constatou que a segurança estava garantida. Foram testados 19 modelos de 12 diferentes marcas, sendo 745 amostras de cada um, totalizando 14.155 produtos. Durante a comparação, foram analisadas dimensões, espessura, qualidade do lubrificante, capacidade volumétrica, pressão de estouro e elasticidade. Também foram checadas a presença de orifícios, a integridade da embalagem e a rotulagem, com as indicações para uso do produto. "De acordo com o teste, os preservativos são seguros quando usados corretamente", explica Marcelo Dias da Cunha, da Pro Teste. Segundo a pesquisa, todas as marcas foram aprovadas. Blowtex e Jontex dividiram o título de melhores do teste. Levando em consideração o conceito qualidade/preço, o título da escolha certa ficou para a camisinha da marca Prudence.