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OSTEOPENIA EM PORTADORES DO HIV

05/02/2004 - www.hiv.org.br

Relação entre baixa densidade mineral óssea e o coquetel

Este estudo, conduzido por pesquisadores espanhois de Sevilha determinou a prevalência de osteopenia e os fatores associados a sua presença em pacientes infectados pelo HIV em uso de terapia antiretroviral altamente potente (coquetel) e avaliar as mudanças da densidade mineral ossea (BMD) em uma população seguida prospectivamente. A densidade mineral ossea foi avaliada por DEXA scans da coluna lombar e do colo femoral em 78 pacientes infectados pelo HIV que tinham recebido previamente o coquetel como o primeiro esquema de tratamento anti-retroviral e em 11 pacientes infectados pelo HIV virgens de tratamento anti-retroviral. As medidas de BMD foram repetidas em 70 pacientes tratados que tinham terminado 1 ano de acompanhamento. Os resultados mostraram que trinta e sete pacientes (42%) apresentaram osteopenia em alguma localizacão. A prevalência da osteopenia em pacientes sem uso prévio de inibidores da protease foi de 23%, contra 49% entre os indivíduos que tinham feito uso de inibidores da protease em algum momento .A freqüência de osteopenia foi significativamente mais elevada entre os homens do que entre as mulheres [50% contra 17%]. O nível de albumina do plasma mostrou-se independentemente associado com a osteopenia por cada g/dL da diminuição 2,55 da albumina do plasma. Nos pacientes em quem um segundo DEXA foi feito, nenhuma mudança significativa na BMD foi encontrada. Os autores concluiram que a prevalência de osteopenia em pacientes infectados pelo HIV em uso de coquetel é elevada. A perda de BMD é associada a terapia com inibidores da protease, ao nível baixo de albumina plasmática e ao sexo masculino. A osteopenia não progride após 1 ano de coquetel continuado.