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O LUCRO DOS REMÉDIOS
01/02/2004 - Folha de São Paulo
Vaticano acusa farmacêuticas de genocídio
O Vaticano, que condena o uso da camisinha mesmo para evitar a transmissão da Aids, acusou a indústria farmacêutica mundial de, ao manter caros os remédios, cometer genocídio contra os portadores da doença em países pobres.
"A ação dos cartéis farmacêuticos, que se negam a tornar acessível o preço dos remédios contra a Aids, é genocida", disse o jesuíta Angelo D'Agostino. A Associação Farmacêutica da França reagiu afirmando que "o maior problema é a prevenção, e o uso de preservativos é necessário".
O Estado de São Paulo - 01/02/2004
O Vaticano fez ontem um ataque inédito à indústria farmacêutica: acusou-a de cometer "genocídio" com doentes de aids nos países pobres e pediu pressão internacional para que o preço dos remédios baixe. "Mais de 400 pessoas morrem todo dia no Quênia por causa da aids. A ação dos cartéis das empresas farmacêuticas, que se negam a tornar esses medicamentos mais acessíveis, enquanto faturaram US$ 517 milhões em 2002, é genocida", disse o jesuíta americano e médico Angelo D'Agostino. (AFP)