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OS NÚMEROS DA AIDS NO PIAUÍ

09/12/2003 - MEIO NORTE (PI)

Piauí tem mais de 1,7 mil casos de Aids

Dados/Os números da Secretaria Estadual de Saúde mostram que a doença tem crescido bastante no Estado. Existe ainda a agravante de que muitos casos não são notificados porque as pessoas não fazem o exame, facilitando sua proliferação. No final do mês, será realizada uma oficina para definir a questão de distribuição de preservativos

Os números de casos de Aids aumentam consideravelmente a cada dia. No Piauí, mais de 1,7 mil foram notificados, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. As ações e as campanhas se relacionam principalmente à prevenção. A coordenadora do programa Doenças Sexualmente Transmisíveis (DST/Aids), Lílian Araújo, ressalta que os números são atualizados à medida que os casos são registrados através do exame HIV.

Algumas campanhas são desenvolvidas para informar sobre o risco da contaminação do vírus. “São trabalhos voltados para a prevenção. Todos em parceria com organizações governamentais e não-governamentais”, destaca Lílian.

A campanha Fique Sabendo, divulgada na mídia no final do ano passado, serviu para alertar para a importância das pessoas fazerem o exame que detecta o vírus HIV. No final do mês de janeiro, será realizada uma oficina para definir a questão de distribuição de preservativos. Além disso, os profissionais, entre eles, médicos, enfermeiros e técnicos, passarão por um curso de capacitação de vigilância epidemiológica.

O atendimento aos pacientes com vírus HIV será descentralizado. Em pouco tempo, os hospitais dos municípios de Parnaíba, Picos e Floriano terão como oferecer condições para pessoas portadoras do vírus da Aids.

De acordo com Lílian Araújo, a partir deste mês os técnicos da Sesapi iniciarão visitas aos hospitais para verificar as reais necessidades, com a finalidade de que exista apoio especializado ao paciente. O projeto de descentralização começará por Parnaíba e em seguida os demais municípios. “A idéia é diminuir o fluxo de pessoas na capital e oferecer o atendimento no interior”, explica a coordenadora de DST/Aids no Estado.