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DETECÇÃO TARDIA DO HIV NA FRANÇA
08/09/2010 - LE MONDE
Número de casos de HIV é estável
Número de casos de HIV é estável, mas a detecção continua tardia na França
Em 2008, data dos dados mais recentes, o Instituto de Vigilância Sanitária (In VS) calculou em 6.940 o número de novas pessoas contaminadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) na França. Ou seja, em relação à população com idade entre 18 e 69 anos, uma taxa de incidência geral de 17 casos anuais para 100.000 pessoas.
O número de pessoas que descobriram sua soropositividade em 2008 era estável em relação a 2007. O número de casos de Aids para esse mesmo ano de 2008 era estimado em cerca de 1.550, com uma estabilização, mas que veio após um período de diminuição.
Os homens homossexuais representam a população mais afetada pelo HIV: 48% dos casos de novas contaminações, com uma taxa de incidência estimada em 1.000 casos para 100.000 pessoas. Essa taxa é 200 vezes superior à de 5 casos por ano para 100.000 pessoas observada entre a população heterossexual.
Então o número de descobertas de soropositividade entre os homens homossexuais estava estável havia dois anos em 2008, depois de ter aumentado entre 2003 e 2006. Já o número de descobertas de soropositividade associadas a uma contaminação heterossexual, que diminuiu entre 2004 e 2007, não diminuiu mais em 2008.
Essas descobertas representam 60% dos novos diagnósticos (que podem identificar contaminações ocorridas nos anos anteriores) em 2008. Metade dessas descobertas diz respeito a pessoas originárias de um país da África subsaariana. Entre os usuários de drogas por via intravenosa e entre pessoas heterossexuais de nacionalidade estrangeira, a incidência é respectivamente 18 vezes e 9 vezes superior à da população heterossexual francesa.
Ainda que o número de diagnósticos de infecção por HIV feitos quando a pessoa atingiu o estágio da Aids tenha diminuído desde 2003, a detecção continua sendo tardia para parte das pessoas infectadas: quase um terço daquelas que descobriram sua soropositividade em 2008 já apresentam sinais de grandes danos ao sistema imunológico (número de linfócitos CD4 inferior a 200/mm3) e 13% estão no estágio da Aids.