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TRATAMENTOS PRECOCES E PREVENTIVOS

18/07/2010 - AFP

São essenciais nos casos de Aids

Tratamentos precoces e preventivos são essenciais nos casos de Aids

Começar cedo o tratamento contra a infecção pelo HIV com antirretrovirais, antes mesmo da aparição dos sintomas, é essencial para impedir a destruição progressiva do sistema imunológico, afirma a divisão americana da Sociedade Internacional da Aids (IAS, sigla em inglês).

As pesquisas da IAS/US, que revisou detalhadamente muitos dos estudos científicos sobre o tema, foram publicadas no Journal of the American Medical Association e apresentadas neste domingo, em Viena, pouco antes da abertura da 18ª Conferência Internacional sobre Aids, organizada pela IAS.

"Os avanços no tratamento antirretroviral mostraram que se pode prevenir a destruição progressiva dos sistema imunológico pela infecção com o HIV e a Aids", assinalam os autores do estudo, dirigido por Melanie Thompson, do Consórcio de Pesquisas sobre Aids de Atlanta (Estados Unidos). Por isso, é importante começar cedo o tratamento.

Para esses especialistas, não existe um "limite de infecção' abaixo do qual seria desaconselhável o início do tratamento, que deveria ser previsto quando a contagem de CD4 (as células da imunidade) está abaixo dos 500 para cada mm3 de sangue.

A taxa de CD4 para uma pessoa não infectada oscila entre 1.000 e 1.500 para cada mm3 de sangue. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza desde o ano passado que se comece o tratamento a partir de uma redução a 350 CD4. Durante muitos anos, recomendou o tratamento a partir de uma redução a 200 CD4.

Segundo a IAS/EDIL, o tratamento é "recomendado seja qual for a contagem de CD4" dos pacientes que já têm sintomas, das mulheres grávidas, das pessoas maiores de 60 anos, das que estão infectadas também pelo vírus da hepatite B ou C, assim como a pessoa infectada de um casal chamado serodiscordante (uma pessoas soropositiva e outra soronegativa).

"Um diagnóstico voluntário universal, serviços de prevenção completos e um contato precoce com os serviços de saúde são necessários para que os novos tratamentos possam ser propostos nas primeiras etapas da doença", concluem os autores do estudo.