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TRATAMENTO DE CASOS DE EXPOSIÇÃO AO HIV
10/09/2009 - Agência Aids
Nova York inova no tratamento de casos de exposição ao HIV
O site Terra destacou uma nova ferramenta utilizada em Nova York para o tratamento de pessoas que foram expostas aos HIV. Trata-se de um programa de computador desenvolvido por médicos que estará disponível em prontos-socorros do estado. Leia a matéria na íntegra a seguir.
Ferramenta oferece ajuda rápida em casos de exposição ao HIV
O tempo urge quando é preciso tratar alguém que foi exposto ao vírus da Aids. A partir de hoje, os médicos dos prontos-socorros do Estado de Nova York estarão a apenas um clique distantes de diretrizes concisas de tratamento imediato, cuja aplicação poderia reduzir o risco de infecção. As diretrizes são parte de um aplicativo desenvolvido por uma equipe de médicos do St. Vincent's Hospital, em Manhattan, com financiamento do Instituto da Aids, um órgão estadual. Elas estarão disponíveis em mais de 200 prontos-socorros do Estado a partir desta semana, e serão distribuídas de forma mais ampla posteriormente.
Os médicos que desenvolveram o aplicativo o definem como "parada única" para o tratamento profilático pós-exposição, ou PEP. O programa instrui os usuários passo a passo para a verificação de candidatos a tratamento, oferece informações específicas sobre um tratamento de 28 dias com medicamentos de combate ao vírus e oferece links para formulários de autorização grafados em 22 idiomas, entre os quais creole, laociano e ioruba.
O aplicativo será constantemente atualizado com as mais recentes recomendações médicas, e a página principal incluirá um registro de uso que acompanha o número de novas infecções por HIV no Estado. "Existem brechas no conhecimento do setor de saúde sobre esses tópicos", disse o Dr. Tony Urbina, diretor médico de educação para o HIV/Aids no St. Vincent¿s, que desenvolveu o aplicativo com Paul Galatowitsch.
"Você se espantaria com o número de pacientes que nos procuram dizendo que foram a um pronto-socorro e os médicos não sabiam do que eles estavam falando, e por isso não receberam os medicamentos devidos", diz Urbina. Com o aplicativo, "todas as informações estão lá, são confiáveis e estarão atualizadas pelo Departamento de Saúde do Estado", o que evita a necessidade de buscar informações online em sites que podem não ser confiáveis.
O aplicativo deixa claro que a primeira dose de medicação contra o vírus deve ser aplicada o mais rápido possível, e pacientes que acreditam que possam se ter exposto ao vírus por sexo, uso de drogas, contato com sangue ou no local e trabalho devem ser tratados como prioridade. "Aqui em nosso pronto-socorro, quando treinamos o pessoal", afirma Urbina, "dizemos que é uma situação equivalente à de um ferimento a bala, em termos de urgência".
O tratamento PEP inibe a multiplicação do vírus e mantém a infecção confinada, de modo a que o sistema imunológico possa prevenir seu ingresso na corrente sanguínea. Testes clínicos com trabalhadores de saúde expostos ao HIV em seus empregos sugerem que as pessoas podem reduzir em 80% seu risco de infecção se começarem imediatamente o tratamento com medicamentos.
O ideal é que a primeira dose seja aplicada dentro do que os médicos definem como "as duas horas douradas" depois da exposição, mas as autoridades estaduais de saúde afirmam que o tratamento pode ser efetivo se iniciado em 36 horas. (O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, federal, estima esse prazo em 72 horas.)
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
Fonte: Terra