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CAMISINHA FEMININA EM GEL
15/08/2009 - BBC BRASIL
à desenvolvida por pesquisadores americanos
Pesquisadores americanos desenvolvem camisinha feminina em gel
Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma 'camisinha molecular' para mulheres em forma de gel para proteger contra a infecção pelo vÃrus HIV, causador da Aids.
Segundo os cientistas que participam do projeto, a camisinha em gel seria aplicada na vagina antes da relação sexual.
Ao entrar em contato com o esperma, o gel liberaria uma substância antiviral que atacaria o HIV e formaria uma rede que impediria a passagem do vÃrus.
Em um estudo publicado na revista cientÃfica "Advanced Functional Materials", os cientistas testaram o material em células vaginais humanas e comprovaram que ele bloqueia a passagem das partÃculas de HIV.
A equipe de pesquisadores vem trabalhando no desenvolvimento da camisinha feminina em gel há vários anos.
Segundo Patrick Kiser, que coordena a pesquisa, o gel seria particularmente útil para os paÃses africanos, onde o uso de preservativos tradicionais é relativamente baixo.
Primeira versão
A equipe de pesquisadores havia desenvolvido em 2006 uma primeira versão do gel, que se transformava em uma capa gelatinosa ao entrar em contato com a pele e voltava ao estado lÃquido ao entrar em contato com o sêmen.
Porém o maior problema que encontraram para essa primeira versão era que na Ãfrica, continente onde estão os paÃses com os maiores Ãndices de contaminação pelo HIV, as altas temperaturas impediam que o gel voltasse ao estado lÃquido.
Para corrigir isso, o que eles fizeram foi gerar um processo exatamente oposto: por meio de mudanças na composição quÃmica relacionadas ao pH (o Ãndice de acidez ou alcalinidade) do esperma, o novo gel fica mais sólido em vez de mais lÃquido.
"Nossa pesquisa não põe ênfase no remédio, mas sim no veÃculo usado para transportá-lo", afirma Kiser.
A equipe de cientistas estima que ainda serão necessários vários anos de testes para que o produto possa estar disponÃvel para uso generalizado.
Tendência
O projeto da Universidade de Utah faz parte de uma tendência internacional de investigar e desenvolver sistemas de liberação de substâncias microbicidas como géis, anéis, esponjas e cremes para prevenir infecções pelo vÃrus da Aids ou por outras doenças sexualmente transmissÃveis.
Esses sistemas são vistos como uma forma de que as mulheres tenham um maior poder de proteger a si mesmas do HIV, particularmente em regiões onde o Ãndice de contaminação seja alto, onde haja um grande número de estupros, onde os preservativos tradicionais sejam um tabu ou não estejam disponÃveis ou onde os homens sejam reticentes a usá-los.