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AIDS NA CALIFÓRINIA

15/08/2009 - www.hiv.org.br

Governador não financia sistema de serviços

Schwarzenegger 'extermina' sistema de serviços contra a AIDS na Califórnia

O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, assinou nesta semana o orçamento do estado após fazer cortes adicionais para programas de bem-estar infantil, saúde para a população carente e esforços de prevenção e cuidado com a AIDS.

Os cortes principais foram na educação para prevenção do HIV (80%), prevenção (80%), aconselhamento (70%), testagem (70%), cuidado médico primário (50%), cuidado em domicílio (50%) e alojamento (20%). "O pior deles, entretanto, foi o corte integral do custeio ao Programa de Monitoramento Terapêutico, que atende a mais de 35 mil californianos HIV-positivos das classes média e proletária", afirma o jornalista Rex Wockner, especializado em notícias sobre LGBT e AIDS.

O Programa de Monitoramento cobre os custos de testes de carga viral e de resistência às drogas antivirais. O teste de carga viral é a forma como se determina se determinado coquetel de remédios está funcionando. Já o teste de resistência aos remédios entra em cena quando um determinado coquetel pára de funcionar para aquele paciente. Juntos, os dois testes ajudam o médico a prescrever tratamentos e melhorar a condição do paciente, até tornar sua carga viral indetectável. Pacientes nesse nível têm muito menos chances de contrair infecções oportunistas - e também de transmitir o vírus - do que os pacientes em que o vírus não foi suprimido.

Segundo o porta-voz do Departamento de Saúde Pública, Al Lundeen, "esses cortes foram extraordinariamente difíceis de se fazer e certamente haverá conseqüências: mais pessoas poderão ficar infectadas".

Michelle Roland, Chefe do Escritório de AIDS do Departamento de Saúde Pública, afirmou que o governo do estado "só é responsável por 50% do custeio do Programa de Monitoramento Terapêutico; o restante é fornecido pelo governo federal. Além disso, esperamos que os governos municipais possam ajudar a custear o serviço". Ela acrescentou que suas preocupações maiores são o menor número de pacientes que serão atendidos pelo Programa: "Uma queda na população com vírus suprimido aumenta as chances de transmissão da infecção. Além disso, a redução no custeio do programa de testagem significa que menos pessoas saberão de sua condição, o que também contribui para a propagação da doença".

Fonte: Site Towleroad e Blog de Rex Wockner (Athos GLS)
Versão para o português: Eduardo Peret