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CIRCUNCISÃO E O HIV
22/04/2009 - EFE
Circuncisão reduz risco de infecção pelo HIV, reafirmam estudos
A circuncisão pode reduzir em cerca de 54% as chances de um homem contrair o vírus do HIV em relações heterossexuais. É o que reafirmam novos estudos na África, publicados pela revista "Cochrane", de acordo com a Efe. Em 2007, três testes clínicos realizados em Quênia, Uganda e África do Sul, com uma população de mais de dez mil homens entre 15 e 49 anos, mostraram provas convincentes de que a circuncisão masculina poderia diminuir em quase 60% o risco de contrair o vírus da Aids. Confira a seguir a matéria da agência de notícias.
Circuncisão reduz risco de aids em heterossexuais, diz pesquisa
A circuncisão reduz o risco de contrair o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em heterossexuais, reafirmam novos estudos realizados na África.
A revista "Cochrane", que toma como base três novos estudos, decidiu alterar a conclusão anterior na qual achava "insuficientes" as evidências para recomendar a circuncisão como forma de prevenção.
"A pesquisa sobre a eficácia da circuncisão masculina na prevenção do HIV em homens heterossexuais é conclusiva", e não são necessários novos estudos para estabelecer que as taxas de infecção "caem nos homens heterossexuais, ao menos durante os dois primeiros anos depois da circuncisão".
A afirmação é do codiretor do South African Cochrane Center, Nandi Siegfried, que considerou que os encarregados de políticas sobre saúde "podem considerar aplicar a circuncisão como uma medida adicional dentro os programas de prevenção do HIV".
A circuncisão "pode proteger contra o HIV", ao eliminar do prepúcio as chamadas células de Langerhans, pelas quais o vírus se sente "especificamente atraído".
Os novos testes considerados foram realizados em África do Sul, Uganda e Quênia entre 2002 e 2006, com a participação de 11.054 homens.
Os exames mostraram que a circuncisão em homens heterossexuais diminuía "de maneira significativa", em até 54%, o risco de contrair o vírus causador da aids em um período de dois anos e em comparação com aqueles que não tinham se submetido à operação.
Os pesquisadores consideraram que são necessários novos estudos para estabelecer se a circuncisão masculina oferece também algum benefício às parceiras.