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MITOS SOBRE CIRCUNCISÃO E HIV
04/03/2009 - The New York Times
Novo site busca derrubar mitos
Há dois anos, após três estudos africanos mostrarem que a circuncisão poderia oferecer aos homens um risco 60% menor de contrair o vírus HIV, a Organização Mundial de Saúde recomendou a circuncisão masculina para prevenir a Aids.
Desde então, enquanto diversos países pobres tentavam criar um programa nacional de circuncisão, muita informação incorreta foi divulgada. Houve também um aumento perigoso nas complicações, pois curandeiros tradicionais, sem instrumentos esterilizados, começaram a oferecer circuncisões a preço baixo.
Assim, na última semana, a OMS, junto com o programa de Aids das Nações Unidas, a Aids Vaccine Advocacy Coalition, a Family Health International, e várias outras instituições americanas e britânicas de saúde pública, criaram um site da internet, o malecircumcision.org.
Esta página reúne estudos específicos, documentos de diretivas e notícias, com o objetivo de combater mitos populares, como o mais recente, que afirma que a circuncisão oferece 100% de proteção, a ponto dos homens não precisarem mais usar preservativos, disse Dra. Kim Eva Dickson, médica da OMS e supervisora da criação do portal.
O site também oferece um guia demonstrativo de técnicas cirúrgicas. Ele não tem o objetivo de treinar curandeiros tradicionais ou mesmo cirurgiões, disse Dickson, já que foi idealmente feito de um cirurgião para outro. No entanto, ele pode ajudar, por exemplo, em pequenos hospitais missionários de áreas rurais, demonstrando novos métodos que podem ser investigados. Ele também pode ensinar que os homens precisam não somente da cirurgia, mas do gerenciamento da dor, informações sobre sexo e preservativos.
Em sua primeira semana, disse a médica, as visitas do site vieram dos Estados Unidos, Suíça e Reino Unido, mas também, em ordem decrescente, do Quênia, África do Sul, Turquia, Namíbia e Índia.
Ciência e Saúde UOL
Por Donald G. McNeil Jr.