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A LINGUA PORTUGUESA E O HIV

21/07/2008 - Agência LUSA

Pretendemos colocar CPLP na cena internacional, diz Cavaco

O presidente português, Aníbal Cavaco Silva, assegurou nesta segunda-feira que o país "fará tudo o que estiver ao seu alcance" durante a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para "afirmar" a organização "na cena internacional".

"Vamos ter agora a cúpula da CPLP e o tema é precisamente a língua portuguesa como uma língua global. Portugal irá assumir a presidência e, durante esse período da sua presidência, fará tudo o que estiver ao seu alcance para, dando execução às orientações que irão ser aprovadas, afirmar esta comunidade na cena internacional e torná-la numa comunidade mais forte", declarou Aníbal Cavaco Silva, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo de Cabo Verde, Pedro Pires.

Por outro lado, o chefe de Estado português, que falava após um encontro, no Palácio de Belém, em Lisboa, com Pedro Pires, congratulou-se com "as manifestações de interesse que têm sido reveladas por alguns países para serem observadores da Comunidade de Povos de Língua Portuguesa", como é o caso do Senegal.

Mostrando cautela sobre os objetivos de Portugal à frente da CPLP nos próximos dois anos, Cavaco Silva considerou prioritário "aguardar pelo desenvolvimento da cúpula para saber quais são as orientações que irão estar presentes durante o tempo da presidência portuguesa".

Questionado sobre a eventual ausência na cúpula de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola, Cavaco Silva disse que, "neste momento, ainda não existem indicações definitivas quanto às possíveis ausências".

"Seria muito positivo que todos os presidentes que fazem parte dos países da CPLP estivessem presentes na cúpula (...). Quanto às possíveis ausências, eu gostaria que fossem muito, muito poucas", afirmou Cavaco Silva.

Quinta-feira última, durante uma visita oficial a Angola,o primeiro-ministro português, José Sócrates, manifestou-se confiante na presença do presidente angolano na reunião de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, marcada para os próximos dias 24 e 25, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, precisamente após um encontro com Eduardo dos Santos, o chefe do executivo de Lisboa considerou "da maior importância" a presença do presidente angolano na cúpula lusófona.

A promoção e divulgação da língua portuguesa e a assistência consular entre os oito países membros são os destaques da agenda da 7ª cúpula da CPLP.

Ainda dentro deste último projeto, os líderes lusófonos vão debater uma proposta para facilitar a circulação de bens culturais.

Os "oito" deverão ainda aprovar uma declaração sobre HIV-Aids "para os países adotarem políticas comuns no combate à doença", com base num estudo elaborado pela CPLP, em coordenação com a ONUAIDS, que faz a avaliação da situação da doença nos países lusófonos e que vai ser divulgado na reunião.

Em termos de cooperação, os Ministérios da Saúde da CPLP vão também estabelecer um plano estratégico "que prevê uma ação coordenada nos próximos cinco anos, principalmente sobre formação, capacitação de técnicos e também no combate às doenças infecciosas, além da Aids, a malária e tuberculose".

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.