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PROTEÇÃO PARA OS BEBÊS
03/06/2008 - France Presse
Terapia prolongada reduz risco de infecção por HIV em bebês
Uma terapia anti-retroviral prolongada reduz o risco de infecção pelo HIV nas crianças amamentadas, revela um estudo clínico realizado no Maláui.
Nos países pobres, os recém-nascidos de mães soropositivas recebem doses simples de dois anti-retrovirais, nevirapina (NVP) e zidovudina (ZDV), durante uma semana para impedir a transmissão do vírus.
Os resultados de testes clínicos realizados por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins (Maryland) e da Escola de Medicina da Universidade de Maláui mostraram que o prolongamento dessa terapia pode reduzir o risco de transmissão da mãe para o filho.
O estudo do Maláui, chamado de Pepi por sua sigla em inglês ("Post-Exposure Prophylaxis of Infants"), envolveu 3.016 crianças nascidas de mães soropositivas.
As crianças e suas mães foram acompanhadas durante dois anos. Todos os recém-nascidos receberam a terapia habitual, uma dose simples de nevirapina e um tratamento de uma semana com zidovudina.
Em seguida, parte dessas crianças foi tratada durante 14 semanas adicionais com nevirapina, enquanto outro subgrupo recebeu dois anti-retrovirais combinados no mesmo período.
O estudo revelou que todas as crianças tratadas com doses adicionais tinham índices menores de HIV.
Aos nove meses, apenas 5,2% das crianças que receberam nevirapina durante 14 semanas e 6,4% das que foram submetidas à combinação de anti-retrovirais estavam infectadas, contra 10,6% do grupo tratado com a terapia habitual.
A freqüência de amamentação dos três grupos foi a mesma.
O estudo foi publicado na edição eletrônica do "New England Journal of Medicine".