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01/12/2007 - EFE
Teste de aids se generaliza na América Latina
Mais de 41 milhões de latino-americanos fizeram teste para HIV em 2006, graças à iniciativa de exames maciços, que são a chave para combater a doença, segundo os especialistas.
Brasil e El Salvador, os dois líderes no esforço na região, levaram o teste aos postos de saúde de atendimento primário, para parques e locais públicos em geral.
A doença continua associada para muitas pessoas às prostitutas, aos homossexuais e aos drogados, e até há alguns anos praticamente só se submetiam a testes pessoas que pertencem a esses grupos "de risco".
O Brasil, cujo programa anti-aids é reconhecido mundialmente, é pioneiro na popularização dos testes. Em 2005, em Curitiba 9.000 pessoas foram às unidades de saúde em um mesmo dia, durante o programa piloto de realização de testes em massa na América Latina, segundo Paulo Lyra, especialista da Organização Pan-americana da Saúde (OPS).
Em 2006, 38,7 milhões de brasileiros fizeram o exame de sangue, o que representa mais de 28% dos adultos sexualmente ativos.
Nem Brasil nem El Salvador cobram nada pelo exame, que tem o custo de entre US$ 0,40 e US$ 1,20 coberto pelo governo.
No ano passado foram analisadas 41,3 milhões de mostras de sangue em 18 países da América Latina, segundo dados ainda parciais que serão publicados pela OPS nas próximas semanas.
Um diagnóstico positivo permite à pessoa tomar medidas para não infectar seus parceiros sexuais, familiares e amigos. O exame também ajuda os que comprovam que não estão infectados, pois freqüentemente acarreta uma tomada de consciência.
Nem todos os países adotaram o modelo. Alguns se mostraram reticentes em generalizar o teste porque carecem da infra-estrutura e dos recursos para oferecer tratamento aos soropositivos.
O líder em cobertura é o Brasil, onde 85% das pessoas com aids recebem retrovirais de graça. Essa percentagem só chega a 35% na Nicarágua, por exemplo.