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UMA JORNADA PARA DIZER NÃO À AIDS

29/11/2007 - AFP

Aids que mata, por dia, 5.700 pessoas

Uma jornada para dizer 'não' à Aids que mata, por dia, 5.700 pessoas

Dizer "basta" à Aids e alinhar-se à luta contra esta pandemia, que mata a cada dia mais de 5.700 pessoas em todo o mundo e contamina outras 6.800, é a palavra de ordem da jornada mundial que será celebrada neste sábado. Na América Latina, segundo a agência da ONU dedicada a esta enfemidade (Onuaids), 100.000 novas pessoas foram contaminadas com o vírus em 2007, o que situa a taxa de infectados em 1,6 milhões. Além disso, 58.000 pessoas morreram no último ano. Aproximandamente, um terço de todas as pessoas que convivem com o HIV na Ámerica Latina residia no Brasil, em 2005. No entanto, segundo um estudo apresentado recentemente pelo ministério brasileiro da Saúde, o número de novos casos registrados no Brasil em 2006 mostrava um recuo em relação aos anos precedentes: 32.628 novos casos notificados. Em 2002 foram 38.816 casos. Em 2007 no mundo, 2,5 milhões de pessoas, entre elas 420.000 crianças de menos de 15 anos, foram infectadas pelo vírus da aids (HIV) elevando seu número a 2,1 milhões; entre eles 330.000 com menos de 15 anos, morreram. A Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida (Aids) matou 25 milhões de pessoas desde a aparição da doença em 1981 e continua atingindo várias regiões do mundo, sobretudo na África Subsaariana, onde as mulheres são maioria. Atualmente, a África Subsaariana concentra dois terços dos novos infectados, ainda que seu número tenha diminuído ligeiramente: 1,7 milhão por ano atualmente contra 2,2 milhões em 2001. Nessa região, existem mais de 22 milhões de pessoas que convivem com o vírus HIV, o que equivale a 68% do total mundial. Na Ásia, há 4,9 milhões de afetados e o Caribe segue como a segunda região do mundo afetada, já que 1% dos adultos convive com o vírus. Por outro lado, a Onuaids destacou que a expansão da doença entre jovens grávidas retrocedeu em 11 dos 15 países do mundo mais afetados. Nos países com poucos recursos, o número dos que podem ter acesso a um coquetel de medicamentos aumentou 545 entre 2005 e 2006. Apesar destes progressos, somente 28% dos que necessitam de um tratamento de urgência para sobreviver teve acesso a ele em países pobres, segundo um balanço conjunto da Onuaids, Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo da ONU para infância (Unicef). Existem importantes obstáculos que devem ser superados para conseguir o acesso universal em 2010, o que implicaria em garantir, daqui a três anos, antiretrovirais a 9,8 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento.