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O CASO DAS ENFERMEIRAS BÚLGARAS

17/07/2007 - EFE

A pena de morta

Famílias de crianças infectadas com HIV retiram exigência de pena de morte

(EFE)- As famílias das crianças líbias infectadas com o vírus HIV confirmaram hoje que retiram a exigência da pena de morte para cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino acusados de contaminar os menores.
Um porta-voz das famílias anunciou à imprensa em Trípoli que, após cada uma ter recebido uma indenização de US$ 1 milhão, estas retiram sua exigência de que os voluntários sejam punidos com a pena capital.
O Alto Conselho da Justiça líbio deve se pronunciar agora sobre a revogação da pena, pronunciada em tribunais líbios e ratificada pela Corte Suprema.


Líbia paga indenização a famílias de crianças infectadas por HIV

(Reuters) - As famílias de centenas de crianças líbias infectadas pelo HIV receberam nesta terça-feira uma indenização de 460 milhões de dólares, o que abre caminho para a eventual libertação de seis profissionais de saúde estrangeiros condenados à morte sob a acusação de tê-las contaminado.
O pagamento poderá encerrar o processo que já dura oito anos e eliminar um dos grandes obstáculos para que o líder líbio Muamar Kadafi volte aos círculos internacionais, depois de anos de isolamento.
"Todas as famílias receberam a indenização. Estão agora assinando documentos dizendo que receberam e aceitam que o Alto Conselho Judicial tome a decisão que achar adequada em relação aos réus", disse Idriss Lagha à Reuters.
Os profissionais -- cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino -- foram condenados à morte em dezembro, acusados de ter iniciado uma epidemia de Aids num hospital pediátrico da cidade de Benghazi.
Presos desde 1999, os réus alegam inocência e dizem ter sido forçados por tortura a confessar. Especialistas estrangeiros afirmam que as infecções começaram antes de os funcionários chegarem ao hospital, e provavelmente foram consequência de má higiene.
Cinquenta e seis crianças morreram em decorrência da Aids.


EUA pedem à Líbia que deixe acusados búlgaros voltarem para casa

(AFP) - Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira ao governo líbio que autorize a volta para casa das cinco enfermeiras e um médico da Bulgária acusados de infectar centenas de crianças com o vírus HIV, depois que a máxima instância judicial da Líbia comutou sua pena de morte para prisão perpétua.
"Exortamos ao governo líbio que encontre uma maneira de permitir aos médicos que voltem para casa", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.
"Tranqüiliza-nos a decisão do conselho judicial de comutar as penas de morte", declarou McCormack.
As enfermeiras e o médico - acusados de terem inoculado o vírus da Aids em 438 crianças em Benghazi, a segunda cidade da Líbia - defendem sua inocência e asseguram que foram torturados durante seu depoimento.
As famílias das crianças líbias contaminadas com o HIV declararam nesta terça que renunciavam à pena de morte pronunciada contra os búlgaros. O anúncio foi feito depois que as famílias receberam "indenização" de um milhão de dólares por vítima.