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INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA

02/07/2007 - Agência Estado

BNDES concede R$ 30 mi à Fundação Oswaldo Cruz

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, participaram hoje de cerimônia de concessão de R$ 30 milhões de recursos do banco para a Fundação Oswaldo Cruz, que está construindo o primeiro Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico Laboratorial (CIPBR) no País. A infra-estrutura que será instalada nos laboratórios do complexo de Bio-Manguinhos será um elo entre a bancada de pesquisa e a produção em larga escala, economizando de um a dois anos entre o início e o término desse processo.


A inauguração da nova fábrica de vacinas e bio-medicamentos está prevista para meados de 2009. O restante dos R$ 106 milhões é do Ministério da Saúde. Inicialmente, a nova fábrica irá produzir a Eritropoetina, usada no tratamento de anemias graves, associadas à doença renal crônica, câncer e Aids, e o Interferon Alfa 2b, utilizado no tratamento de hepatites virais. A estimativa é de que, ainda nos primeiros meses de funcionamento, o centro integrado seja capaz de suprir a demanda interna por esses remédios, que hoje são comprados de multinacionais.


A Eritropoetina e o Interferon fazem parte da lista de medicamentos de excepcionais do Ministério da Saúde, com os quais o governo gasta cerca de R$ 1 bilhão por ano. Além deles, algumas vacinas que já vêm sendo desenvolvidas na Fiocruz, como a de pneumococos, contra a pneumonia, e a de meningite B serão testadas e colocadas mais rapidamente no mercado. A nova fábrica também terá capacidade de produzir em maior escala kits de diagnóstico para doenças como dengue e o teste rápido de HIV, que já são fabricados em Bio-Manguinhos.


Segundo Temporão, a construção do centro integrado faz parte da política social do governo, que pretende aumentar o poder de compra do Ministério da Saúde junto aos grandes laboratórios, substituindo as importações através da produção de conhecimento tecnológico. "O BNDES terá um grande papel na consolidação da saúde como um campo de investimento e produção de riqueza", disse o ministro. Ele também informou a intenção de abrir as portas para qualquer empresa que queira fazer parceria com a Fiocruz a fim de transferir tecnologia.