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AS MULHERES A AIDS NA AMÉRICA LATINA

10/05/2007 - EFE

ONU alerta para propagação da aids entre as mulheres na América L

A ONU e várias ONGs expressaram hoje, durante uma conferência no México, sua preocupação pela expansão da aids entre as mulheres da América Latina, uma tendência generalizada no mundo e que na África está adquirindo proporções alarmantes.
"Em nível global e em todas as regiões, mais mulheres que nunca vivem com o HIV", disse em entrevista coletiva Ari Hoekman, representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em território mexicano.
A conferência, preparatória para a 17ª Conferência Internacional sobre a Aids, que será realizada ano que vem, no México, foi convocada para que fossem apresentados os avanços obtidos e as questões pendentes na luta contra a doença.
Calcula-se que, das 40,3 milhões de pessoas infectadas com o HIV no mundo todo, 25,8 milhões estejam no continente africano. De acordo com outras estatísticas, a proporção de mulheres infectadas aumentou de 35%, em 1985, para 48%, segundo o especialista.
Hoekman disse que há "um aumento dramático da contaminação pelo HIV entre as mulheres jovens", que agora representam "mais de 60%" das pessoas com entre 15 e 24 anos de idade que vivem com o HIV/aids.
Na África Subsaariana, "esta percentagem chega a 75%", acrescentou.
Desde que a doença apareceu na América Latina, "mais de 600.000 pessoas morreram de aids e pouco mais de 1,8 milhão de pessoas vivem com o HIV ou a aids" na região, destacou.
"Embora ainda a população masculina vivendo com HIV predomine na América Latina, é alarmante o crescimento entre as mulheres", pois, "nos últimos três anos, passou-se de uma mulher infectada por cada sete ou oito homens infectados para uma mulher infectada por cada três homens", lamentou Hoekman.