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CIDADÃS POSITHIVAS
10/03/2007 - Agência Aids
A epidemia já está feminizada
âA epidemia já está feminizadaâ. O alerta, feito no inÃcio da noite desta sexta-feira (09/03), é de Kátia Guimarães, do Programa Nacional de DST/Aids, que participou da abertura do I Encontro Estadual e Municipal de Cidadãs Posithivas de São Paulo, realizado no hotel San Raphael, no centro da capital paulista. âNa faixa de 15 a 24 anos, há mais mulheres infectadas que homensâ, acrescenta Guimarães.
Durante sua exposição, a psicóloga falou sobre o âPlano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DSTâ, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira (07/03). Ela explicou que o plano âfoi construÃdo por muitas mãosâ: Programa Nacional de DST/Aids, Unicef e Secretaria Especial de PolÃticas para as Mulheres, entre outros.
Kátia Guimarães lembrou que se interessou pela temática da Aids por causa da morte de uma amiga, ocorrida em 1985. Ela faleceu em decorrência do HIV. No encerramento da mesa de abertura (finalizada por volta das 21h37), ela falou sobre os dados âgeraisâ da epidemia. Os números basearam-se no Boletim Epidemiológico de 2006.
ATIVISTAS DISCUTEM A IMPORTÃNCIA DO âCONTROLE SOCIAL NO I ENCONTRO ESTADUAL E MUNICIPAL DE CIDADÃS POSITHIVAS DE SÃO PAULO
Ativistas praticam a âterapia do abraçoâ, brincadeira que antecedeu a palestra âCidadania de mulheres vivendo com HIV/Aidsâ
O que é controle social? Foi com essa indagação que começou a palestra intitulada âCidadania de mulheres vivendo com HIV/Aidsâ, uma das exposições de idéias e conceitos que marcaram o segundo dia I Encontro Estadual e Municipal de Cidadãs Posithivas de São Paulo.
A platéia, formada por mulheres, respondeu a pergunta das mais variadas formas. As definições possÃveis para o termo âcontrole socialâ seriam, na avaliação das ativistas, âdireitos e deveresâ, âqualidade de vidaâ, âigualdadeâ, âsolidariedadeâ, âcidadaniaâ, ou ainda, âacesso à informaçãoâ.
Em resumo, de acordo com Beth Franco, do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), controle social serviria para garantir ânossos direitosâ. A definição da psicóloga do GIV foi respaldada pelas demais ativistas que se reuniram no vigésimo andar do Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, centro da capital paulista.
Uma das formas de efetuar o chamado controle social seria por meio dos conselhos de saúde, que reúnem gestores públicos e ativistas nas mais diversas instâncias de poder. Por exemplo, existem conselhos em hospitais, centros de referência e secretarias estaduais e municipais.
Nair Brito, do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, explica que os conselhos servem para dar âidéiasâ que possam âmelhorarâ o atendimento de determinado órgão público. âQualquer cidadão pode participarâ, lembra Brito.
O objetivo da palestra, bastante didática, aliás, era de fornecer informações, de explicar o que é, como funciona e qual a importância do controle social.
Antes do inÃcio das exposições das integrantes da mesa, que começou por volta das 14h30 deste sábado (10/03), houve a chamada âterapia do abraçoâ. Durantes alguns minutos, as presentes abraçaram-se entusiasticamente.