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OMS E UNAIDS ESTUDANDO CIRCUNCISÃO

23/02/2007 - EFE

A circuncisão para combater a aids

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o
Programa da ONU contra a Aids (Unaids) estudarão juntas como
utilizar a circuncisão para lutar contra a propagação de HIV, diante
das recentes descobertas científicas sobre o assunto.
As duas organizações, ambas integrantes do Sistema das Nações
Unidas, comemoraram hoje os resultados de duas pesquisas que a
revista científica britânica "The Lancet" publicará em seu próximo
número acerca da relação entre a circuncisão e a prevenção do
contágio do vírus da aids.
De acordo com as pesquisas, uma realizada no Quênia e outra em
Uganda, a probabilidade de transmissão do HIV em relações
heterossexuais cai cerca de 50% quando o homem é circuncidado.
Um estudo realizado na África do Sul em 2005 já havia chegado a
uma conclusão similar.
Essas pesquisas representam "uma contribuição muito grande para a
prevenção da aids", afirmou o diretor do departamento de luta contra
a doença da OMS, Kevin de Cock.
"A circuncisão masculina tem um grande potencial para evitar a
transmissão do vírus", afirmou.
A OMS e a Unaids marcaram para o começo de março uma reunião de
especialistas na qual serão examinados os resultados das descobertas
científicas e elaboradas recomendações para a prática da circuncisão
em boas condições.
Os cientistas alertam que a circuncisão, apesar de suas
vantagens, só pode ser utilizada como método de prevenção se unida a
outros procedimentos de comprovada eficácia, como o uso da
camisinha.
A circuncisão "pode ser muito eficaz, desde que não seja
entendida como um método isolado, mas como mais um elemento em uma
série de procedimentos para evitar o HIV e para ter uma maior
higiene sexual", afirmou Robert Bailey, líder de um dos estudos.