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AIDS NA AMÉRICA LATINA

08/02/2007 - AFP

A maior taxa é entre homens que fazem sexo com homens

Entre 60% e 70% dos novos casos de Aids na América Latina se concentram em homens que fazem sexo com homens, motivo pelo qual a região precisa intensificar as campanhas de prevenção orientadas para esse grupo, disseram na terça-feira no México várias organizações não-governamentais (ONGs).
"Cerca de 60 a 70% dos novos casos de infecções na América Latina são em homens que fazem sexo com homens (...)", disse em uma coletiva de imprensa o colombiano Luis Fernando Leal, membro do Fórum Global da Aids.
O grupo, integrado por representantes de várias ONGs de todo o mundo que lutam contra a pandemia, se reuniu no México para elaborar as propostas que vão apresentar no próximo ano na Conferência Mundial de Aids, que será realizada no México.
Segundo esta organização, os governos da América Latina se equivocaram "ao não focalizar as campanhas de prevenção" na população mais vulnerável, que se situa entre "os homens que fazem sexo com outros homens".
Isso "inclui homossexuais, bissexuais, homens casados com mulheres e transexuais, entre outros", apontou o mexicano Juan Jacobo Hernández.
"Passados 25 anos da pandemia e 16 reuniões mundiais, nunca houve uma plenária que fale dos homens que fazem sexo com outros homens, sobretudo aqueles que não se assumem como homossexuais. Queremos que na Conferência Mundial da Aids de 2008 isso acabe e falemos que aí está o verdadeiro problema do aumento da doença", acrescentou Hernández.
A América Latina somou no ano passado 140.000 novas infecções pelo HIV e 65.000 mortes por Aids, de acordo com um relatório da ONU divulgado em novembro passado.