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IMUNIDADE REFORÇADA

06/02/2007 - Agência FAPESP

Interleucina 7

Uma nova conquista na pesquisa de alternativas contra a Aids acaba de ser anunciada. Um grupo de cientistas dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, publicou resultados de um estudo que destaca o potencial de defesa de uma proteína produzida pelo próprio organismo.

O estudo concluiu que a interleucina 7 protege efetivamente linfócitos T – que atuam na proteção do organismo contra vírus, fungos e algumas bactérias –, evitando que eles morram durante a infecção pelo HIV. A proteína também ajuda a reconstituir o sistema imunológico danificado pelo vírus causador da Aids.

O trabalho será publicado esta semana no site e posteriormente na versão impressa dos Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

O HIV ataca os mecanismos de defesa do corpo, escondendo-se dentro de células do sistema imunológico, os linfócitos T, responsáveis pela imunidade mediada por via celular. Dentro do linfócito, o HIV se multiplica. À medida que a infecção se desenvolve ocorre a apoptose, ou seja, a morte programada dos linfócitos, enfraquecendo o sistema imunológico. E é essa morte celular que os cientistas tentam evitar que ocorra.

O grupo liderado por Paolo Lusso adicionou a interleucina-7 em amostras de sangue de 24 pacientes HIV positivos em estágios variados de infecção e mediu as taxas de sobrevivência dos linfócitos. Amostras tratadas com a interleucina apresentaram menos apoptose nos linfócitos T e houve uma diminuição nos níveis dos marcadores moleculares de infecção.

Os efeitos da interleucina-7 variaram de acordo com os pacientes, dependendo do grau da infecção. Os pesquisadores apontam que a proteína poderá ser usada em conjunto com drogas anti-retrovirais, de modo a reconstituir sistemas imunológicos danificados pelo HIV.

O artigo Interleukin 7 reduces the levels of spontaneous apoptosis in CD4+ and CD8+ T cells from HIV-1-infected individuals, de Paolo Lusso e outros, pode ser lido por assinantes da Pnas em www.pnas.org.