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REDUÇÃO DE RISCO CIRÚRGICO EM HIV+

01/02/2007 - www.hiv.org.br

Com o uso da terapia anti-retroviral

Em um estudo conduzido por pesquisadores norte-americanos da fundação Kaiser Permanente (Califórnia, EUA), demonstrou-se que o tratamento anti-retroviral está fazendo com que o risco cirúrgico de indivíduos HIV+ seja bem menor do que era há uma década atrás. Essa investigação, considerada como a maior nesse tópico, avaliou os registros médicos de 332 pares de indivíduos HIV+ e HIV-, durante um período de 12 meses após o evento cirúrgico, incluindo cirurgias eletivas e de emergência no período de 1997 a 2002. Ao final do estudo, os pesquisadores encontraram poucas diferenças nos resultados pós-cirúrgicos entre os dois grupos e sugeriram que os pacientes HIV+ são essencialmente mais saudáveis atualmente devido a introdução da terapia anti-retroviral altamente potente (HAART) em 1996. A contagem média de células T-CD4+ era de 379/mm3, 61,5% tinham carga viral abaixo de 500 cópias/ml e 68% estavam em uso de terapia anti-retroviral no momento da cirurgia. Segundo os Autores, em praticamente todos os casos a presença de infecção pelo HIV não pode ser considerada como uma razão para postergar ou contra-indicar a cirurgia, já que o não se detectou um risco significativamente maior de complicações cirúrgicas quando comparado com o grupo de indivíduos HIV-negativos investigados. Complicações cirúrgicas ocorreram em 11,1% no grupo HIV+ e em 10,2% no grupo HIV-negativo. Entretanto, pacientes HIV+ com CD4 abaixo de 50 células/mm3 tinham um risco 4,3 vezes maior de complicações pós-cirúrgicas do que indivíduos HIV+ com contagens de CD4 acima desse valor, o que ressalta a importância da terapia anti-retroviral.

Por Marco Vitoria