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VACINA CONTRA HPV
29/01/2007 - Agência Aids
Alto custo inviabiliza disponibilização de vacina
Para poucas. Esse será o grau de acessibilidade das brasileiras a vacina contra o HPV, doença sexualmente transmissível (DST) que provoca lesões (verrugas) na região genital e câncer de colo de útero. Desde ontem, laboratórios particulares oferecem a vacina em todo o país. O preço da dose varia de acordo com os tributos de cada estado, mas segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde (do Ministério da Saúde), cada aplicação custa 130 dólares (o que equivale a R$ 273,91, de acordo com a cotação do dólar comercial de hoje). Para que a pessoa fique imune, são necessárias três doses, ou seja, o gasto por indíviduo alcança R$ 821,73.
Esse valor praticamente inviabiliza a inserção da mesma no calendário de vacinação. Segundo a assessoria da Secretaria de Vigilância em Saúde, está sendo feito um estudo de viabilidade (conhecido como custo e efetividade) para a disponibilização da vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Contudo, a possibilidade é considerada remota, pois os custos são proibitivos. A doença, causada pelo vírus Papilomavirus Humano (HPV), também é conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista, segundo informação disponível na página eletrônica do Programa Nacional de DST/Aids.
A vacina, até o momento a única aprovada contra o HPV, foi desenvolvida pelo laboratório Merck e é tetravalente (protege contra quatro tipos do vírus). Ela é indicada para mulheres com idades entre 9 e 26 anos. A eficácia em outras faixas etárias (e em homens) ainda não é garantida.
Segundo estimativa do Programa Nacional de DST/Aids, anualmente ocorrem 20 mil novos casos de HPV e 4 mil mortes em todo o Brasil. Trata-se de um cálculo, pois, com exceção da Aids, sífilis na gestação e sífilis congênita, a notificação das doenças sexualmente transmíssiveis não é obrigatória.