Notícias
A AIDS NA ÀFRICA
09/11/2006 - EFE
África vive "feminização" do vírus da aids
As mulheres africanas têm três vezes mais chances de serem infectadas pelo vírus da aids do que os homens, e, caso esta tendência seja mantida, elas chegarão a 2010 vivendo dois anos a menos que eles, afirmou hoje o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
"A taxa de infecção na África Subsaariana vem aumentando mais rápido entre as mulheres", afirma o Relatório de Desenvolvimento Humano 2006 apresentado hoje pelo Pnud.
Em um quadro do relatório, intitulado "A feminização do HIV/aids na África Subsaariana", a agência da ONU alerta para o fato de que as mulheres representam atualmente 57% dos infectados pelo vírus da aids na região.
"As mulheres correm maiores riscos de contrair o vírus, e estão sujeitas a morrer mais rápido por causa da infecção", afirma o relatório.
Esses dados contrastam com os do relatório de 1998, que mostravam que as mulheres viviam, em média, sete anos a mais do que os homens.
A África Subsaariana é a região com os maiores níveis soropositivos em todo o mundo. Calcula-se que cerca de 26 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HIV na região, na qual 2,4 milhões morrem anualmente em decorrência do vírus.
O Pnud ratifica os estudos do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/aids (Unaids), que afirmou que 4,7 milhões de pessoas necessitam de medicamentos anti-retrovirais na África Subsaariana.
"Infelizmente, apenas uma de cada seis pessoas os recebem", afirmou.
O objetivo da organização de que, até o ano de 2010, dez milhões pessoas em todo o mundo que estejam recebendo os medicamentos para o combate ao vírus.