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PESQUISA DE VACINAS ANTI HIV
29/09/2006 - Boletim da IATEC
DermaVir, uma candidata a vacina terapêutica
DermaVir, uma candidata a vacina terapêutica baseada em efeitos sobre células dendríticas.
No Boletim da IATEC (junho de 2006) Franco Lori e Juliana Lisziewicz relatam o processo da pesquisa de DermaVir.
A partir do acompanhamento desde 1996 de uma coorte de pacientes em tratamento com TARV durante a infecção primária. Nesta coorte está incluído o assim chamado Paciente de Berlim, que foi tratado com hidroxiuréia, ddI e um inibidor da protease e que interrompeu seu tratamento duas vezes antes de suspende-lo permanentemente. Depois de 8 anos desta suspensão, o paciente continua com carga viral indetectável a maior parte do tempo. Este caso forneceu a primeira demonstração de que o sistema imunitário de um indivíduo infectado pode ser alterado de forma a fornecer controle durável da replicação do HIV-1.
Dermavir é um plasmídeo com DNA do vírus HIV-1. Ele é aplicado numa formulação na superfície da pele. Assim ele é apresentado à rede de células dendríticas, e ativa células T de memória especificamente para o HIV.
Houve três estudos em macacos, com diversas substâncias análogas. Num deles, os macacos infectados receberam TARV na forma de interrupção estruturada de tratamento (3 semanas sim, três não) junto com vacinações por Dermavir.
Houve um teste de Fase I em pessoas com HIV, que mostrou a segurança e tolerabilidade da vacina. Um ensaio com tratamento repetido de Dermavir (ACTG5176) está em curso nos EUA. A aplicação pode ser mensal ou menos freqüente.
Os plasmídeos são moléculas circulares duplas de DNA que estão separadas do DNA cromossómico . Geralmente ocorrem em bactérias e também em outros organismos.
Os plasmídeos contém geralmente um ou dois genes que conferem uma vantagem seletiva à bactéria que os abriga, por exemplo, a capacidade de construir uma resistência aos antibióticos.
Os plasmídeos são ferramentas importantes nos laboratórios de genética e bioquímica, onde são usados rotineiramente para multiplicar (fazer muitas cópias de) ou expressar genes específicos. Há muitos plasmídeos disponíveis com esse fim. Inicialmente, o gene a ser replicado é inserido num plasmídeo. Este plasmídeo deverá conter, além do gene inserido, um ou mais genes capazes de conferir resistência antibiótica à bactéria que servir de hospedeiro.