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A AIDS NA ÁFRICA
05/08/2003 - CORREIO BRAZILIENSE
África do Sul enfrentará muitas mortes por Aids
A África do Sul deve se preparar para um rápido aumento da taxa de mortalidade por causa da Aids, já que a doença passará em breve da fase de infecção para a de óbitos, destacaram especialistas durante uma conferência sobre a epidemia em Durban.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, 360 mil pessoas morreram no país vítimas da doença em 2001, ou seja, mil pessoas por dia. "A África do Sul sai de um período de alta contaminação pelo vírus HIV e entra em uma era que será marcada por muitas mortes", advertiu Quarraisha Abdool Karim, pesquisadora da Universidade de Natal, região sul-africana mais atingida pela epidemia.
A África do Sul é o país com maior quantidade de infectados pelo HIV em todo o mundo: mais de 4 milhões de pessoas. Abdool Karim revelou ainda que a elevada taxa de mortalidade não significa uma diminuição no número de infecções.
De acordo com o estudo realizado em 2002 pala Fundação Nelson Mandela, as crianças são chefes de família em 3% dos lares nas cidades sul-africanas, depois que os pais e avós morreram por causa da doença. O governo sul-africano foi muito criticado ao decidir, semana passada, suspender os tratamentos com Nevirapina, um retroviral que evita a transmissão do HIV da mãe para o filho.