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A AIDS E O JOVENS NA ÀFRICA

01/09/2006 - EFE

Jovens são as mais infectadas pelo vírus da aids na África do Sul

As adolescentes e jovens da África do Sul são as mais infectadas pelo vírus da aids, um fenômeno qualificado hoje por um analista como uma "feminização" da epidemia.
Em uma sessão com um comitê parlamentar, o presidente do Conselho de Pesquisa Médica, Tony Mbewu, afirmou que o impacto do HIV na África do Sul tem características distintas a outros países, pela especial incidência existente entre as mulheres.
Segundo os dados de Mbewu, 25% das jovens entre 20 e 24 anos são soropositivas, contra 10% dos homens com a mesma idade.
A diferença é maior entre as adolescentes que têm entre 15 e 19 anos: 8% estão infectadas, enquanto a doença atinge 1% dos jovens do sexo masculino na mesma idade.
"Por alguma razão, as mulheres na África do Sul costumam ser infectadas antes" que em outras nações, acrescentou o analista, que disse que essa "feminização" do mal começou a partir de 1990.
Depois da Índia, a África do Sul é o país com o maior número de infectados pelo vírus da aids, que afeta 5,5 milhões de pessoas, o que equivale a 11% da população total, segundo cálculos da ONU.
Em sua reunião com os parlamentares, Mbewu informou que nos últimos 12 meses morreram na África do Sul 336 mil pessoas por doenças vinculadas à aids, embora tenha reconhecido que os registros de falecimento não sejam totalmente confiáveis.
O analista afirmou que muitos médicos sul-africanos são descuidados em certificar a aids como motivo da morte, "por causa de um estigma muito poderoso sobre a aids que está estendido no país", de acordo com suas declarações reproduzidas pela agência local "Sapa".
Mbewu citou relatórios recentes que indicam que até o ano 2010 o impacto da aids na economia da África do Sul representará uma queda de 0,4 ponto percentual no Produto Interno Bruto.