Notícias

LEMA "É HORA DE AGIR"

12/08/2006 - EFE

Reuniões internacionais buscam formas de conter epidemia de aids

A XVI Conferência Internacional sobre a aids, com o lema "É hora de agir", será realizada de 13 a 18 de agosto, em Toronto, 25 anos depois do início da epidemia.
Toronto é a terceira cidade do Canadá a abrigar a Conferência
Internacional da aids. As outras foram Montreal (1989) e Vancouver
(1996), onde foi anunciado o tratamento anti-retroviral, que
proporcionou uma redução na taxa de mortalidade da doença.
A primeira Conferência Internacional sobre a aids foi promovida
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1985, em Atlanta (EUA).
Em 1982 a síndrome de imunodeficiência adquirida (aids) havia sido
descrita e em 1983 o HIV fora identificado como causador da doença.
Até 1994 as conferências eram anuais. Depois, passaram a ser
realizadas a cada dois anos.
Nas reuniões, realizadas em colaboração com comitês
internacionais, a OMS pretende analisar a situação da aids, as
estatísticas por grupos de população, as descobertas científicas e
as políticas adotadas pelos Governos para enfrentar a doença.
Os principais avanços destacados pela entidade são a cooperação
internacional e o reconhecimento da necessidade de sintetizar uma
vacina e aplicar políticas educativas.
Os EUA acolheram a Conferência três vezes: Atlanta (1985),
Washington (1987) e San Francisco (1990).
Na Europa, foram sete conferências: Paris (1986), Estocolmo
(1988), Florença (Itália, 1991), Amsterdã (1992), Berlim (1993),
Genebra (Suíça, 1998) e Barcelona (Espanha, 2002).
A Conferência de Paris, em 1986, estabeleceu o conceito de grupos
de risco (homossexuais, drogados, hemofílicos). Em Estocolmo, os
participantes defenderam a realização de testes com o AZT, o
primeiro tratamento contra a aids, e o dia 1 de dezembro foi
escolhido como o Dia Mundial da aids.
A esperança na criação de uma vacina marcou a Conferência de
Florença, em 1991. Em Amsterdã, o aumento da contaminação de
mulheres foi o destaque.
No início dos anos 90 começou a aplicação dos tratamentos
combinados com outras drogas anti-retrovirais. Em 1998, em Genebra,
foi analisado o tratamento genético, que consiste na indução de
mudanças no organismo com a manipulação de genes.
Outro tema discutido foi a distância entre os países do Terceiro
Mundo e os industrializados no tratamento e prevenção da doença. O
assunto seria prioritário na Conferência de Barcelona, em 2002,
quando aumentou a preocupação com a evolução da epidemia na América
Latina e no Caribe.
Na África, o continente mais afetado pela doença, houve apenas
uma conferência, em Durban (África do Sul, 2000). Os conferencistas
pressionaram o Governo do presidente Thabo Mbeki a dedicar mais
recursos econômicos e humanos ao combate da pandemia.
A Ásia recebeu a Conferência Internacional sobre a aids em duas
ocasiões. A primeira foi em Yokohama (Japão, 1994), e a segunda em
Bangcoc (2004).
Nas duas reuniões, como nas anteriores, além da esperança na
ainda distante vacina contra o HIV, os participantes concordaram com
a necessidade de aumentar os fundos e melhorar o acesso dos doentes
aos remédios para combater a doença.